
O Dia Internacional da Mulher não é apenas uma data comemorativa, mas um marco da luta das mulheres por direitos e igualdade. A história desse dia está profundamente ligada à mobilização das trabalhadoras contra condições de trabalho desumanas, salários injustos e a falta de direitos básicos.
O dia 8 de março foi escolhido em memória das 129 operárias de uma fábrica têxtil que morreram carbonizadas dentro de seu ambiente de trabalho, em 1857, em um incêndio supostamente causado pelo próprio proprietário como forma de repressão a uma possível greve das trabalhadoras. Outro episódio semelhante ocorreu em 1911, quando um incêndio na fábrica Triangle Shirtwaist, em Nova York, tirou a vida de 146 trabalhadores – da qual 125 eram mulheres. As portas estavam trancadas para impedir greves, e muitas operárias morreram sem conseguir escapar.
O 8 de março também é importante porque, nesse dia na Russia, em 1917, trabalhadoras do setor de tecelagem entraram em greve reivindicando melhores condições de trabalho. Esse levante inspirou os trabalhadores do setor metalúrgico a também entrarem em greve e foi um dos estopins da Revolução Bolchevique, consolidando a data como um símbolo da força das mulheres trabalhadoras.
No Brasil e no mundo, as mulheres continuam sendo a espinha dorsal da luta sindical. No ASSUFOP, elas sempre estiveram à frente das mobilizações. Além do trabalho na universidade, muitas acumulam as responsabilidades domésticas e familiares e mesmo diante dessa dupla jornada, seguem organizando greves, assembleias, diálogos e conquistando direitos fundamentais para toda a categoria.
O ASSUFOP já foi presidido por mulheres que ajudaram a construir uma entidade mais forte, combativa e acolhedora para os trabalhadores técnico-administrativos em educação. Elas, assim como tantas outras companheiras, mostraram que a luta sindical só é completa quando inclui as vozes, as demandas e as conquistas das mulheres.
Neste 8 de março, reafirmamos nosso compromisso com a igualdade, o respeito e a valorização das mulheres dentro e fora do movimento sindical. Seguimos juntas e juntos, porque a luta por direitos não pode esperar!
Fontes de pesquisa:
– https://www.bbc.com/portuguese/articles/c9w9n4kyemxo
– https://tinyurl.com/m7kwtamn