A discriminação racial é uma realidade cotidiana para muitos brasileiros, especialmente para a população negra, que é vítima, diariamente, das mais variadas formas de preconceito, exclusão, ofensas e violências.
Durante o (des)governo Bolsonaro, a situação se agravou. Indígenas foram dizimados e os negros foram covardemente insultados pela Fundação Palmares, cujo objetivo real era dinamitar os direitos da população parda e negra.
Pode-se dizer que há um extermínio em curso contra a população negra no Brasil. Segundo o Atlas da Violência de 2021, o número de homicídios de pessoas negras aumentou 11,5% entre 2008 e 2018, enquanto o número de homicídios de pessoas brancas diminuiu 12,9% no mesmo período. Além disso, a população negra ainda enfrenta barreiras significativas no acesso à educação, saúde, emprego e outros direitos básicos. São uma maioria “minorizada”, uma vez que representam 54% dos cidadãos brasileiros.
Neste ano, o presidente Lula sancionou um projeto de lei que configura a injúria racial como crime de racismo. Isso significa que as pessoas que praticam atos de injúria racial agora podem ser processadas pelo crime de racismo, que é inafiançável e imprescritível. Essa medida é uma importante conquista para a luta contra o racismo, pois ajuda a garantir que as vítimas recebam a devida proteção e que os agressores sejam punidos.
É crucial que o racismo seja combatido em todas as suas formas, com o engajamento de todos, com foco na igualdade e na justiça social. Na mesma vertente, os valores culturais africanos, que tiveram uma contribuição para a formação da identidade brasileira, precisam ser reverenciados, difundidos e defendidos.
O Dia Internacional de Combate ao Racismo é comemorado em 21 de março de cada ano. A data foi escolhida para homenagear as vítimas do massacre de Sharpeville, que ocorreu na África do Sul em 1960. Nesse dia, 69 pessoas foram mortas e outras 180 ficaram feridas quando a polícia abriu fogo contra manifestantes pacíficos que protestavam contra as leis do apartheid.
Caso alguém seja vítima de racismo, é fundamental denunciar. A denúncia pode ser feita à polícia (190), ao Ministério Público ou ao Conselho de Igualdade Racial do seu estado ou município. Também é possível denunciar através do Disque 100, que é um canal de denúncia para violações de direitos humanos.
RACISTAS NÃO PASSARÃO