No dia 22 de maio a Reitoria da Universidade Federal de Ouro Preto, em coletiva de imprensa, afirmou que a universidade está construindo uma proposta de adoção de ensino remoto. A proposta, que foi apresentada em reunião da Comissão de Monitoramento Administrativo e Acadêmico, seria implementada já no segundo semestre de 2020. O Coletivo Engaja, formado por docentes, técnicos e estudantes da Universidade Federal de Ouro Preto, manifesta seu posicionamento frente a esta proposta.
Vivemos um momento de muita apreensão e ansiedade. Muitas pessoas em nossa comunidade se perguntam sobre o futuro, o que se constituirá após o ciclo atual da pandemia. Quais serão nossas ações e atitudes no que diz respeito à retomada das aulas? Inicialmente, deve-se notar que a discussão sobre retorno à normalidade tem se confundido com a retomada das aulas presenciais. Muitas atividades continuam sendo realizadas e um esforço muito grande tem sido devotado a inúmeras ações relacionadas à pandemia. A universidade não está parada e nem ausente do problema. Nosso posicionamento refere-se, assim, à discussão sobre a questão da retomada das aulas presenciais e sua conversão no que se resolveu denominar ensino remoto. Percebem-se pressões, exercidas interna e externamente, sobre a universidade para a sua adoção.
Essas pressões são parte daquelas exercidas por um forte setor de empresas monopolistas da educação que reclamam pelo retorno à normalidade (leia-se ordem normal de exploração do trabalho). Esse setor conta com forte apoio de Bolsonaro, Paulo Guedes, Weintraub, Mourão e cia. Para esse grupo, as milhares de vidas humanas que se perderão nesse moderno déjà-vu da peste negra medieval não são mais que a necessária e cíclica “queima” de forças produtivas em tempos de crises econômicas. De outro lado tais pressões são parte da tendência privatista na educação brasileira.
Dentro da UFOP essas pressões resultaram inicialmente na defesa, por parte de alguns grupos, para o retorno das atividades por meio da criação de ações diversas em formato virtual, na contramão de experiências e opiniões de especialistas que criticam o ensino remoto na educação devido, por exemplo, às restrições de acesso à internet por parte dos estudantes e falta de formação do corpo docente.
Nas manifestações publicizadas até o momento advindas da Administração Central, da Comissão de Monitoramento Administrativo e Acadêmico, de Conselhos Departamentais ou colegiados, não há um posicionamento claro acerca da natureza do ensino remoto como parte das pressões privatistas, oriundas dos monopólios educacionais e seus representantes políticos no governo e no congresso.
Julgamos procedente ressaltar que o tão propalado “ensino remoto” é inteiramente distinto das formas tradicionais da Educação à Distância (EaD). Enquanto a EaD é concebida para ser ministrada a distância, o “ensino remoto” constitui uma tentativa desordenada de transformar subitamente a educação superior presencial no país em um conjunto de “aulas virtuais”. Se reconhecemos que a riqueza e a complexidade da experiência de ensino-aprendizagem na universidade não podem ser reproduzidas fora do espaço de convivência, qualquer alternativa neste período de isolamento será paliativa e não substitutiva.
A pergunta fundamental é: a quem interessa a adoção da educação remota no Brasil? Que setores se beneficiam dela?
O “ensino remoto” e a tendência privatista
Adotar o “ensino remoto” na universidade pública, a espelho do que vem sendo feito nos grandes conglomerados de empresas educacionais, seria incorporar uma fase agudizada no processo de privatização das universidades públicas, que já anda bastante desenvolvido. As experiências acumuladas pelo capital privado no Brasil em tentar privatizar a universidade pública em uma canetada fracassaram na década de 1990. Porém, a lógica privatista nas décadas seguintes se deu com brutal transferência de recursos públicos para grupos privados e pela expansão desmedida da educação à distância. A tecnologia foi apropriada pelos grandes grupos monopolistas que viram na EaD a realização de suas finalidades educacionais pragmáticas e de sua concepção liberal.
No período entre 2008 e 2018, segundo o censo da educação superior, enquanto o número de ingressos em cursos presenciais de graduação aumentou apenas 10,6%, o ingresso triplicou (196,6%) nos cursos a distância. Em 2008 o percentual de ingressantes em cursos de graduação a distância era de 19,8%, já em 2018 ele subiu para quase 40%. Este enorme crescimento da EaD se deve, em grande parte, a rede privada, que nos últimos anos tem intensificado ainda mais o lóbi sobre o Congresso Nacional para a ampliação do percentual de disciplinas que podem ser ofertadas à distância.
Em dezembro de 2019, em resposta à pressão dos monopólios do ensino, o MEC soltou uma portaria que autorizava o aumento do percentual de disciplinas que podem ser ofertadas na modalidade à distância de 20% para 40%. Os grupos monopolistas de empresas educacionais que esperavam ansiosamente pela liberação da portaria promoveram imediatamente uma onda de
demissões de professores e reformulação de todos os currículos dos cursos para adequar à modalidade com contratação de tutores para operar as plataformas virtuais.
O crescimento explosivo da educação privada no país alimentado com dinheiro público, o crescimento das fundações privadas e o estrangulamento do financiamento público e o crescimento da EaD são os elementos fundamentais que têm caracterizado o processo de privatização da educação superior até recentemente. Contudo, os monopólios do ensino necessitavam repor as perdas da crise econômica iniciada em 2015. A gestão do patrimônio das universidades por meio de Organizações Sociais (OS’s) e a gestão financeira dos recursos públicos destinado ao financiamento das instituições públicas, com novas possibilidades de especular no mercado financeiro, aparecem como proposta emergente através do projeto de Emenda Constitucional chamado de FUTURE-SE.
A pandemia da COVID-19 coloca para esses grupos privados a possibilidade de uma radicalização no processo de implementação de um tipo de modalidade de “Educação a distância” ainda mais danoso, o ensino remoto. Este consiste no esvaziamento completo das finalidades educacionais mais caras aos educadores comprometidos com a defesa da educação pública. Finalidades estas que, até então, tem cumprido o papel de estandarte no estabelecimento dos limites para a tendência de expansão irresponsável da EaD.
Se antes da pandemia do Coronavírus a tendência privatista ainda não havia conseguido avançar sobre um grupo determinado de disciplinas (por exemplo as de natureza prática como estágios e laboratórios), agora com o “ensino remoto” as finalidades educacionais pragmáticas próprias da concepção de educação liberal serão amplamente generalizadas. O ensino remoto, como uma nova modalidade de ensino “presencial digital” (!), abre para os tubarões do ensino a possibilidade da execução de todo tipo de atividade por meio digital e a distância.
Sob o pretexto da não interrupção do ensino ou de não se jogar a perder todo o semestre, ou mesmo o ano letivo, o ensino remoto ganha o adjetivo “emergencial” ou “excepcional”. Com isso, ele não apenas é justificado como vai paulatinamente se apresentando aos mais diferentes níveis da administração das universidades, das reitorias aos colegiados dos cursos, como a única alternativa possível para fazer frente à crise do Covid-19 que, sabe-se, necessariamente se prolongará por alguns meses.
Finalmente, não carece ser especialista em educação para se constatar as dificuldades inerentes à migração de programas e cursos que foram preparados para serem ofertados na modalidade presencial para a modalidade remota. Sem falar na impossibilidade de adaptação de conteúdos práticos ou experimentais, ou mesmo na indissociabilidade entre teoria e prática de diversas disciplinas. Também não cabe qualquer dúvida de que se extinguirão, de súbito, todos os esforços despendidos no sentido de compreender e superar os desafiadores obstáculos nos processos de ensino-aprendizagem que se dão no interior das salas de aulas dos diversos cursos.
Acesso à internet e condições econômicas dos estudantes
Dados da Pesquisa TIC Domicílios, realizada pelo Comitê Gestor da Internet em 2018 e publicada em Agosto de 2019 mostram que mais de 30% dos domicílios brasileiros não têm qualquer forma de acesso à internet. Este dado é ainda mais grave quando são tomados apenas os domicílios da zona rural no país, onde mais da metade da população (56%) não dispõe de qualquer conexão com a rede. 85% das pessoas das classes D e E acessam a internet exclusivamente por celular. E mais de 50% dos jovens, independente da classe social, também só acessam a internet por celular.
Para termos uma melhor visão do que isso significa para nossa realidade, é necessário a confrontação com dados da realidade socioeconômica dos estudantes da UFOP. Segundo a pesquisa “Perfil socioeconômico e cultural dos estudantes da Universidade Federal de Ouro Preto” com os ingressantes em 2017/1, realizada pela Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis, 54% dos estudantes vêm de famílias com renda de até 4 salários mínimos. Ou seja, metade dos ingressantes vêm de famílias das classes D e E. Cotejando os dados da pesquisa TIC Domicílios com a realizada pela PRACE, podemos inferir que metade desses alunos não têm acesso à internet em suas casas. Assim, deveriam se valer de planos de dados (caríssimos, particularmente para seus padrões de renda) ou de acesso via redes wifi públicas ou abertas.
Concluindo
Assim, entendemos que a migração para o ensino remoto é questionável, seja do ponto de vista das condições do corpo docente, seja pelas dificuldades de acesso do corpo discente. Além disso, no contexto da enorme tendência privatista acima descrita, a adoção do ensino remoto representa um reforço à dinâmica privatizante que impera na educação brasileira.
É momento oportuno para repensarmos as nossas atividades didáticas. A tecnologia é bem- vinda e poderá ser elemento importante para agregar e enriquecer a atividade docente. Pode-se sim aproveitar o momento do isolamento para incrementar atividades diversas, as quais enriquecerão a formação dos alunos. Contudo, defendemos que nenhum crédito curricular referente a aula presencial, componente da formação didático-pedagógica dos estudantes da UFOP, seja substituído por aula remota.
No momento a discussão fundamental deve ser, não a de um retorno imediato sob pena de impor finalidades educacionais alheias e métodos atabalhoados, mas a da preparação para, assim que passada a fase crítica da pandemia, termos condições seguras de retorno na UFOP. Temos que ter em
mente os novos preceitos que deverão nortear a reocupação dos nossos campi. Desde a ocupação de espaços comuns, salas de aula, laboratórios e prédios, ao uso de restaurantes universitários. Não há como colocar dezenas de alunos em salas apertadas. Não há como fazer filas amontoadas no restaurante. Não é admissível a oferta de disciplinas como nos moldes anteriores à pandemia.
Conclamamos a todos e todas a repensarem suas práticas e a construirmos soluções que garantam a qualidade do ensino e a saúde de nossa comunidade. Mais, devemos nos lembrar que nossos discentes, docentes e técnicos representam parcelas importantes das cidades onde atuam, e que têm responsabilidades claras com as condições de saúde das populações dessas cidades. Precisamos nos preocupar com a continuidade da formação dos estudantes durante o isolamento por COVID-19, mas o acompanhamento não deve ser mirado apenas para os que têm acesso à internet e condições de estudo em casa. Além disso, a situação que vivemos tende a se agravar nos próximos meses, com as políticas ineficazes de combate a Pandemia que colocam o Brasil como novo epicentro mundial da doença. O impacto desta pandemia é semelhante ao de uma guerra, considerando seus efeitos na mobilidade, nas condições emocionais e psíquicas, nas situações familiares e econômicas, entre outros. O planejamento em nossa universidade não deve pretender normalidade, mas deve ser feito considerando as múltiplas realidades de docentes, discentes e técnicos, nesse contexto grave de enfrentamento à pandemia no Brasil.
Ouro Preto, 27 de maio de 2020
Coletivo ENGAJA UFOP
Esta carta o apoio dos seguintes membros da comunidade da UFOP:
1. Alexandre Silva de Paula (Docente / DEBIO)
2. Alice Flores de Oliveira (Discente / Deciv)
3. Aline Cristine da Silva Muniz (Discente / Música – Licenciatura)
4. Ambar Soldevila Cordoba (Discente / Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Biomas Tropicais)
5. Américo Tristão Bernardes (Docente / DEFIS)
6. Ana Caroline Santos Silva (Discente / FARMÁCIA)
7. Ana Caroline Silva (Discente / ICSA)
8. Ana Caroline Silva (Discente / ICSA)
9. Ana Twayene Pereira (Discente / Matemática Bacharelado)
10. André Vicente Alves (Discente / DEQUI)
11. Andressa aparecida batista cota (Discente / Ciências biológicas)
12. Anna Claudia Fortes (Discente / Ciências Biológicas)
13. Bárbara Alice Piedade dos Santos (Discente / DEQUI)
14. Barbara Leticia Rodrigues Milagres (Discente / Ciência da Computação)
15. Bruna Rossi dos Santos (Discente egresso / Ciências Biológicas)
16. Caio Campanhã (Discente / Departamento de Artes Cênicas – DEART)
17. Camila Gonçalves Lobo Santos (Discente / Ciências Biológicas)
18. Camila Morato Fadul (Discente / Departamento de Geologia)
19. Carlos Felipe Saraiva Pinheiro (Docente / DEFIS)
20. Carolina Míriam Silva Lima Faria (Discente / Nutrição)
21. Caroline Ferreira Angelo (Discente / Ciencias Biologicas)
22. Cassiano Rezende Pagliarini (Docente / DEFIS)
23. Christiane Cerceau Vilas Boas Sérgio (Discente / ENUT)
24. Cristiane Martins Leandro (Pós-Doc / DEBIO)
25. Cristiano schetini de Azevedo (Docente / DEBIO)
26. Daniel Keoma de Souza Rodrigues (Discente / Ciência da computação)
27. Dayannie Ferreira dos Santos (Discente / Matemática)
28. Débora Gonçalves Lima (Discente / Ciências biológicas)
29. Diego Aguiar (Discente / Medicina)
30. Diego Hipolito Ribeiro (Discente / Física Licenciatura)
31. Dione da Costa Oliveira (Discente / DEFIS)
32. Fábio Augusto Rodrigues e Silva (Docente / DEBIO)
33. Fernanda Franco Santos (Discente / Pedagogia)
34. Fernanda Silva Sousa (Discente / Pedagogia)
35. Fernanda Vieira da Costa (Pós-Doc / Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Biomas Tropicais)
36. Flávio Ernani Da Costa (Discente / Pós-Graduação em Educação)
37. Frederico Luiz Martins de Sousa (Discente / DECOM)
38. GABRIEL MARQUES TEIXEIRA (Discente / Farmácia)
39. Gilmar Pereira de Souza (Docente / DEQUI)
40. Giselle Luciane Murta (Discente / Farmácia)
41. Gizele Aparecida de Almeida (Discente / MPEC)
42. Guilherme da Silva Lima (Docente / DEFIS)
43. Gustavo Lisboa Vieira Machado (Discente / Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Biomas Tropicais)
44. Hikari Shin Lovestain (Discente / PPGEBT)
45. Hildeberto Caldas de Sousa (Docente / DEBIO)
46. Hugo Eduardo Ziviani (Discente / Departamento de Computação)
47. Isabella Fernandes Fantini (Discente egresso / Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Biomas Tropicais)
48. Isabella Lopes (Discente / Ciências biológicas)
49. Isadora Fonseca Alves (Discente / Ciência da computação)
50. Jean Carlo Pira (Discente / Ciências Biológicas)
51. Jennifer Karoline das Chagas (Discente / Farmácia)
52. Jessica Andresa Costa (Discente / Ciências Biólogicas)
53. Jéssica do Prado Santos (Discente / Ciências Biológicas Licenciatura)
54. João Victor Drumond Neves (Discente / historia)
55. Jordânia Jardele de Araújo Xavier (Discente / DEEDU)
56. Jorge luiz himberto (Docente / DEQUI)
57. José Leandro Rodrigues Martins (TAE / DEBIO)
58. José Lucas Rezende Bandeira (Discente / DEBIO)
59. Julia celani lopes (Docente / Ciências biológicas)
60. Júlia Cristina Paixão Dionysio (Discente / Pedagogia)
61. Júlia de Souza Pimenta (Discente / DEGEO)
62. Kamyla Morais Sales (Discente / Matemática Licenciatura)
63. Karina da Silva Arcanjo (Discente / Nutrição)
64. Késsya Angélica Pereira (Discente / Ciências biológicas)
65. Laura Francisco Vieira da Silva (Discente / Física)
66. Lia de Mendonça Porto (Docente / DEAMB)
67. Livia Echternacht (Docente / DEBIO)
68. Lorrana Cachuite Mendes Rocha (Discente / PPG em Biotecnologia – NUPEB)
69. Luana Coutinho Dias de Oliveira (Discente / Nutrição)
70. Luca Fortes Giffoni (Discente / DEFAR)
71. Luciana Alves Rodrigues (Discente / Ciências Biológicas Licenciatura)
72. Luiz Henrique Dias Braga (Discente / Ciências Biológicas)
73. Marcela de oliveira silva costa (Discente / Ciências biológicas)
74. Marco Antonio Alves Carneiro (Docente / DEBIO)
75. Marcos Moraes Calazans (Docente / DEFIS)
76. marcus vinícius lessa vieira (Discente / Engenharia Mecânica)
77. Marília Romão Bitar de Brito (Discente / DEBIO)
78. Mateus Nazário Coelho (Discente / Engenharia de Controle e Automação) 79. Matheus Garcia (Discente / Arquitetura e urbanismo)
80. Maycon Jose Jorge Amaro (Discente / Ciência da Computação)
81. Maykon Passos Cristiano (Docente / DEBIO)
82. Michelle Karina Assunção Costa (TAE / SISBIN)
83. Nádia Lionoura da Silva (Discente / Física)
84. Natália Cardoso de Resende (Discente / Ciências Biológicas)
85. Nathany Ferreira Jammal (Discente / Bacharel em Física)
86. Patrícia de Abreu Moreira (Docente / DEBIO)
87. Paula Stockler Barbosa (TAE / DEBIO)
88. Paulo Yussei Toma (Discente / Ciências Biológicas)
89. Pedro Henrique Machado (Discente / DEQUI)
90. Raphael Rodrigues S Teixeira (Discente / Matemática)
91. Renata Aparecida Araújo Souza (Discente / Nutrição)
92. Roberta Eliane Santos Froes (Docente / DEQUI)
93. Rodrigo Meira Martoni (Docente / Edtm – DETUR)
94. Sheila Alves de Almeida (Docente / DEBIO)
95. Silas de Souza Santos (Discente / Engenharia Geológica)
96. Silvia Dantas Cangussú (Docente / DECBI)
97. Thaís Dias Mendonça (Discente / Ciências biólogicas)
98. Thaise Bahia (Pós-Doc / DEBIO)
99. Thaismara Indiamara de Oliveira (Discente / Pedagogia)
100. Uriel Rodrigues Padilha (Discente / Ciências Biológicas)
101. Uyra dos Santos Zama (Docente / DECBI)
102. Valéria Bonadia Marucchi (TAE / CSU)
103. Victor Diniz Pinto (Discente egresso / DEBIO)
104. Victória Guimarães Portella (Discente / Física)
105. Vinícius de Souza (TAE / DEART)
106. Vitor Araújo da Silva (Discente / DEBIO)
107. Walter Francisco de Ávila Júnior (Discente / DEBIO)
108. Yuri Tadra Kuchenny (Discente / Ciências Biológicas)