Administração da UFOP e diretores do ASSUFOP se reúnem para tratar da terceirização do RU.

Diretores do ASSUFOP, Sérgio Neves e Vicente de Paula, juntamente com representante da ADUFOP, Joaquim Toledo, se reuniram nesta quarta-feira (27) com a a Reitora, Cláudia Marliére, o Vice-Reitor, Hermínio Naline, o Pró-Reitor Adjunto de Planejamento e Desenvolvimento, Máximo Martins, a Pró-Reitora Adjunta de Assuntos de Comunitários e Estudantis, Sabrina Magalhães e a coordenadora do Restaurante Universitário, Judith Gomes.

A reunião tratou da terceirização dos restaurantes universitários (Rus) dos campi de Ouro Preto e Mariana. Representantes da administração da UFOP justificaram a terceirização devido a falta de concursos para novos servidores para os restaurantes, pois muitos trabalhadores se aposentaram e cargos foram extintos. Informaram também que o valor da refeição para os servidores passará de R$5,00 para R$6,10. Os estudantes continuarão a pagar R$3,00 pela bandeja. Foi informado pelos representantes da administração que o preço das refeições com a terceirização seria de R$10,80. Porém, com o processo de licitação, a UFOP conseguiu reduzir esse valor para R$ 6,10.

Foto: Larissa Lana/ADUFOP

De acordo com Judith Gomes, os profissionais de nutrição da UFOP acompanharão os trabalhos da empresa contratada. Além disso, a coordenação do RU fiscalizará o serviços.

Ainda conforme a administração, a empresa contratada por licitação, Nutrir Refeições, utilizará a cozinha e os equipamentos da UFOP e será responsável pela de compra de insumos, preparação e distribuição das refeições, limpeza e manutenção dos equipamentos. 

O presidente do Sindicato ASSUFOP, Sérgio Neves, se manifestou contrário à medida, pois enxerga que a terceirização dos restaurantes a UFOP implica numa perda de autonomia da gestão da Universidade. Informou também que a empresa utilizará uma estrutura pronta que a UFOP construiu e, portanto, levará uma vantagem significativa no processo. Sérgio disse que, mesmo o reajuste de R$1,10 na bandeja seja menor do que foi projetado, trata-se de um custo a mais para o TAE, que já acumula perdas salariais ao longo dos últimos 10 anos.

Além disso, o presidente do ASSUFOP destacou a exploração da força de trabalho dos terceirizados. “A terceirização significa também, em termos claros, precarização da mão de obra do trabalhador. Ou seja, os profissionais que trabalharão no restaurante poderão ser alvos de perseguições, opressões e assédios por parte da empresa contratada, sem qualquer plano de carreira, ou proteção trabalhista. Muitas vezes recebem salários atrasados, isso quando recebem”, afirmou.

No campus de João Monlevade o Restaurante Universitário já é terceirizado. A previsão para que os restaurantes retornem os trabalhos é no início do semestre letivo, em março.

 

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