O Sindicato ASSUFOP e a Reitoria da UFOP se reuniram na manhã do dia 02/05 para prosseguir com as discussões referentes à pauta de reivindicações dos TAE’s. A primeira reunião ocorreu no dia 18 e contou com a presença dos pró-reitores.
Dessa vez, representando a administração, participaram da reunião a Reitora da UFOP, Cláudia Aparecida Marliére, o Vice-Reitor, Hermínio Nalini; o Pró-reitor da PROGEP, Bruno Camilotto (remotamente); a Pró-reitora adjunta da PROGEP, Isabela Perucci; o Pró-reitor de Planejamento e Administração, Eleonardo Pereira; o Chefe de Gabinete, Élido Bonomo; a Pró-reitora adjunta da PRACE, Sabrina Magalhães e o Prefeito do Campus, Edmundo Gonçalves.
Pelo ASSUFOP, participaram o presidente do Sindicato, Gabriel Souza, a vice-presidenta, Paula Stockler, e os diretores Eduardo Evangelista, Sílvia Nahas, Thiago Caldeira, Anderson Medeiros e Hugo Guarilha.
De início, foi debatida a regulamentação do trabalho de servidores técnico-administrativos em projetos de extensão universitária. Gabriel salientou que a carreira TAE contempla a função de coordenação de programas de extensão e que, diferentemente do que a PROGEP manifestou-se, não caracteriza desvio de função. A Pró-reitora adjunta, Isabela Perucci, por sua vez , disse que a regulamentação está sendo desenvolvida.
Outro ponto discutido foi em relação ao incentivo à qualificação dos TAEs. Foi colocado pelos Diretores do ASSUFOP a forma burocrática com que a UFOP trata os pedidos de incentivos. A Reitoria esclareceu que foi necessário alterar o ato administrativo interno da Universidade com relação ao incentivo, conseguindo o arquivamento de todas as denuncias e preservando os incentivos concendidos anteriormente.
Ainda sobre os incentivos à qualificação, Paula Stockler pediu uma interpretação mais humanizada dos pedidos, em prol do crescimento pessoal e também profissional do servidor. Gabriel sugeriu como encaminhamento a criação de um grupo de trabalho composto pelo Sindicato, pela CIS e pela PROGEP para aprofundar o debate sobre o assunto, e reforçou que a saída judicial é muito ruim, uma vez que o servidor é penalizado com a morosidade e o desgaste de um processo jurídico. A reitora Cláudia Marliérie concordou com a proposta levantada por Gabriel. O chefe de gabinete, Élido Bonomo, acrescentou que deve ser feito um esforço conjunto da Reitoria e Sindicato ASSUFOP, para levar essa discussão junto à Andifes e FASUBRA.
Os diretores do ASSUFOP também reforçaram a necessidade da criação de um calendário permanente de cursos de capacitação e qualificação para os TAE’s. Gabriel reforçou que é urgente que a Universidade defina o calendário de 2023. Também foi lembrado pela Diretoria que as chefias passem urgentemente por cursos de gestão, pois muitos não estão preparados para gerenciar um setor da Universidade, ocasionando muitos casos de assédio moral. Du Evangelista acrescentou que os assédios são ainda mais frequentes na relação com os trabalhadores terceirizados. O Pró-Reitor, Eleonardo Pereira, informou que o recurso para capacitação foi liberado recentemente. Isabela disse que as demandas de capacitação dos TAE’s já foram recebidas, que darão encaminhamento à demanda, e sugeriu que o COMUR faça visitas locais preventivas e capacitantes nos locais de trabalho. O diretor Hugo Guarilha acrescentou que essa visita também pode ser feita pela própria PRACE.
Em relação ao dimensionamento da força de trabalho TAE, Gabriel Souza lembrou que o contingente de técnicos está absurdamente pequeno diante do trabalho demandado pela Instituição. Gabriel disse ainda que a comunidade UFOPiana precisa estar ciente desse problema, uma vez que a Universidade não suporta mais a criação novos cursos de graduação, mestrado e doutorado sem que aumente significativamente o número de técnico-administrativos.
“Hoje, temos apenas 670 TAEs na ativa. Estamos bastante deficitários. Principalmente se compararmos com as outras universidades. Se não vai contratar novos TAE’s, é preciso repensar palavras como expansão, crescimento, ampliação, … presentes em nosso Plano de Desenvolvimento Institucional”, alertou Gabriel.
Sobre esse assunto, Cláudia Marliére informou que a discussão sobre a falta de servidores TAE’s está na ordem do dia da Andifes e afirmou que a UFOP não vai crescer enquanto não suprir a falta de pessoal. Isabela lembrou que vários cargos foram extintos e acrescentou que o novo governo reconhece a necessidade de reposição de servidores, mas não sabe dizer quando ocorrerá novas contratações.
O presidente do ASSUFOP, Gabriel Souza, perguntou ao prefeito do campus, Edmundo, sobre a situação dos trabalhadores das oficinas que estão apreensivos sobre uma possível remoção do setor, que passará por uma reforma física e administrativa. Edmundo respondeu que fez uma reunião recente com esses servidores. Segundo ele, nesta reunião, foi informado aos trabalhadores que há vários laboratórios da UFOP que têm interesse em recebê-los, e que eles terão a liberdade de escolher pra onde querem ir (outras unidades ou permanecer na oficina). O prefeito do campus acrescentou que os servidores poderão ser direcionados para fiscalizarem as empresas terceirizadas, uma vez que aproveitaria a experiência destes em prol da UFOP. Edmundo ressaltou que os trabalhadores receberam as propostas de forma positiva.
O presidente do Sindicato ASSUFOP, Gabriel Souza, fez uma grande reflexão sobre a UFOP que está sendo construída e pontuou a necessidade de maior dialogo. “Não nos reconhecemos na UFOP de hoje, estamos a cada dia burocratizando os procedimentos internos e restringindo direitos. É preciso resgatar o papel da Universidade como mantenedora dos direitos sociais. Precisamos praticar o diálogo interno, pensar coletivamente a UFOP que queremos.”