
Ontem (05/02) foi divulgada a convocação para a próxima reunião do CUNI, prevista para segunda-feira (10/02). No entanto, surpreendentemente, a nomeação dos novos conselheiros não foi incluída na agenda.
Em um Olho Vivo publicado em agosto do ano passado, o Sindicato ASSUFOP denunciou que os TAEs possuíam apenas um representante no Conselho Universitário. Segundo o regimento do CUNI, são necessárias pelo menos duas eleições por ano para garantir a renovação da representação no conselho. No entanto, em 2024, nenhuma eleição foi realizada, mesmo após solicitação formal do conselheiro e presidente do ASSUFOP, Gabriel Souza.
Agora, após as eleições para conselheiro – nas quais foram eleitas as chapas compostas por Débora Walter dos Reis (titular) e Júnia Pena Fagundes (suplente), além de André Luís dos Santos Lana (titular) e Izabel Cristina da Silva (suplente) –, os eleitos não tomarão posse por enquanto, pois os resultados da eleição ainda não foram homologados.
O CUNI é a instância máxima de deliberação da universidade. Nele, são discutidas e definidas questões que impactam diretamente a categoria, como condições de trabalho, políticas institucionais e distribuição de recursos. A participação dos TAEs nesse espaço é essencial para garantir que suas demandas sejam consideradas nas decisões que orientam o funcionamento da UFOP, fortalecendo sua representatividade e valorização dentro da instituição.
Diante desse cenário, fica evidente mais uma vez o total descaso da atual reitoria com os técnicos-administrativos. A reitora optou por realizar sua última reunião do CUNI antes que a representação dos TAEs fosse recomposta, enfraquecendo a voz dos servidores nesse espaço decisório.
A situação se torna ainda mais grave ao analisarmos o histórico de decisões da reitoria, como a resistência em permitir novas eleições para os representantes TAEs. Também é importante lembrar da eleição do novo corregedor da UFOP.
Diante de tudo isso, resta a preocupação sobre os impactos que a desastrosa herança deixada pela reitora Cláudia Marliere trará para o futuro da Universidade Federal de Ouro Preto.
Quanto ao aumento salarial, ninguém comenta?