Trabalhadores decidiram pela greve sanitária após Reitoria se recusar a adiar o retorno 100% presencial que teria início no dia 10 de janeiro
A Direção do Sindicato ASSUFOP manifesta apoio aos técnico-administrativos da UFMG e ao SINDIFES que deflagraram Greve Sanitária, por tempo indeterminado, na última quarta-feira, dia 26 de janeiro, exigindo condições seguras de trabalho para o retorno às atividades 100% presenciais. A categoria continuará realizando as atividades que puderem ser realizadas remotamente. O retorno total das atividades presenciais dos TAEs começaria no dia 10 de janeiro, enquanto as aulas presenciais, e grande parte dos estudantes e professores, só retornam no dia 26 de março.
Entre as reivindicações da mobilização estão a obrigatoriedade do comprovante vacinal para acessar as dependências da UFMG; a adesão da Universidade ao Plano de Retorno às Atividades Presenciais; a distribuição pela Universidade, em quantidade adequada, de máscaras PFF2 para trabalhadores e trabalhadoras; a adequação sanitária dos ambientes de trabalho e a divulgação dos números do Monitora COVID-19 UFMG.
Histórico
Conforme informou o SINDIFES, foi solicitado que a administração da UFMG, junto com o Comitê Covid-19, retrocedesse à Etapa 2 do Plano, uma vez que os indicadores de Belo Horizonte não possibilitam o avanço. Para a categoria, o ideal é que fossem mantidos apenas 40% da ocupação presencial dos prédios e a manutenção do trabalho remoto emergencial. Foi informado pela Reitoria que não havia possibilidade de retorno à Etapa 2, pois grande parte da comunidade está vacinada e a Universidade estaria tomando medidas para o trabalho seguro. A mesma sugeriu um sistema de rodízios para a manutenção de 100% do trabalho presencial, rejeitado pelos trabalhadores, pois não atenderia os setores onde há apenas um servidor e iria expor os servidores ao vírus durante o trajeto à UFMG, sendo que o trabalho que poderia ser feito remotamente com segurança.
A Diretoria do ASSUFOP parabeniza os trabalhadores técnico-administrativos da UFMG pelo movimento grevista e se solidariza com a luta pela segurança sanitária dos servidores, que corrobora para o combate ao coronavírus e ao negacionismo genocida que despreza as 625 mil vidas perdidas no Brasil. Na ocasião, a Diretoria ressalta ainda que o cenário sanitário enfrentado pelos TAEs da UFMG é diferente do que ocorre na UFOP, uma vez que naquela não houve o adiamento do retorno presencial de 100% das atividades diante do avanço da infecções; o passaporte vacinal foi recusado pela Reitoria e não há ações de readequação de infraestrutura, compra de materiais e planejamento da retomada. Porém, caso haja algum retrocesso e desmando no quesito sanitário na UFOP, o Sindicato ASSUFOP estará disposto a convocar a categoria para agir em defesa da vida e contra o coronavírus.