Técnico-administrativos, docentes e estudantes da UFOP fizeram uma manifestação em frente ao RU do campus Morro do Cruzeiro exigindo o retorno das atividades dos restaurantes universitários, bem como o apoio à luta pela reposição salarial dos servidores. Também foi enfatizado a urgência de investimentos na educação pública federal e as consequências da elitização, da precarização, e da terceirização do ensino superior no país.
Aos gritos de “Fora Bolsonaro”, “do RU eu não abro mão”, o ato, organizado pelo ASSUFOP, Adufop e DCE-UFOP marcou o retorno das mobilizações presenciais na Instituição. As entidades distribuíram panfletos de luta, adesivos, bandeiras e entregaram à administração da UFOP dois ofícios. O primeiro solicita o apoio para que o governo federal receba as entidades representativas do serviço público federal pela reposição salarial, e o segundo requere a reabertura imediata do Restaurante Universitário, somada à redução no valor do ticket e ao aumento no valor do auxílio alimentação, que hoje é de R$100,00. Vale ressaltar que, conforme informou a UFOP, o novo valor das refeições dos RU’s será de R$ 5,55 para estudantes de graduação e pós-graduação e de R$ 11,11 para servidores. Isto equivale a um aumento de mais de 85%no valor de cada refeição para os discentes e 82% para os servidores.
Em sua fala, o diretor do ASSUFOP, Du Evangelista, destacou o impacto na comunidade acadêmica causado pela ausência dos Restaurantes Universitários. Du frisou a diminuição do poder de compra dos servidores técnico-administrativos que estão há sete anos sem qualquer reposição salarial.
“Ficamos dois anos trabalhando remotamente, trabalhando em casa, e o restaurante ficou fechado. Porque quando retornamos às atividades presenciais, o restaurante ficou fechado? Essa falta de planejamento tá batendo no estômago de muita gente aqui”.
“Estamos sem reajuste há sete anos. Nosso poder de compra diminuiu mais de 50%. Nós sabemos que a Reitoria não tem poder sobre os nossos salários. Porém, a Universidade, por meio da Andifes, que reúne os gestores das Instituições Federais, pode cobrar do governo federal que atenda a nossa pauta de negociação”, concluiu Du.
gratuita e de qualidade, que, hoje, enfrenta um processo de precarização absoluta ocasionada pelo governo Bolsonaro.
“Estamos também pedindo que a administração nos ajude na luta pelo servidor público federal. Vocês também são servidores e precisam do reajuste salarial. Não é reunindo com sindicato falando que não sabe o que vai fazer com o ponto eletrônico em caso de greve que a gente vai ter uma solução. Nós precisamos é que a nossa Instituição seja forte, seja digna e de luta”, afirmou Gabriel.