TAEs em Foco: Resumo dos debates da Pesquisa Paritária da UFOP

Foto: Pedro Olavo (Sindicato ASSUFOP)

Nos debates entre os candidatos à Pesquisa Paritária para reitoria da UFOP, realizados nos campi de João Monlevade, Mariana e Ouro Preto, foram discutidas questões importantes que afetam diretamente os Técnico-Administrativos. Por isso o Sindicato ASSUFOP fez um resumo focando exclusivamente nas perguntas relacionadas à categoria TAE, oferecendo uma visão clara das propostas apresentadas pelos candidatos em temas essenciais como a valorização da carreira, a ampliação do teletrabalho, a reposição do quadro de servidores e a retomada das ações de capacitação. Aqui, você confere as respostas de cada chapa e as medidas propostas para enfrentar os desafios vividos pelos TAEs na universidade.

1ºDebate 18/09 João Monlevade

Primeira Pergunta do Segmento TAE A chapa tem uma proposta para uma política de remoção transparente na Universidade? A disponibilização do quadro de vagas e definição de critérios que sejam públicos aos TAEs?

  • Resposta – Chapa 3
    A resposta da chapa 3 foi iniciada pelo candidato Eleonardo, que se comprometeu com a recomposição dos TAEs na UFOP. Logo após, salientaram que há, sim, em sua carta proposta, um fluxo contínuo para o processo de remoção dos TAEs na UFOP, e estão comprometidos com a criação de editais com critérios claros. Em seguida, a candidata Cristiane destacou a necessidade de recompor novamente o quadro de TAEs e disse que tudo isso deve ser feito com editais claros e transparentes, tanto para remoção e remanejamento quanto para contratação de novos TAEs.
  • Resposta – Chapa 1
    A candidata Kátia iniciou sua resposta afirmando que, na carta proposta da chapa, constava a questão da remoção dos TAEs, mas que isso foi removido devido à grande extensão do documento. Ela ressaltou, no entanto, que a chapa considera essa questão fundamental, já que impacta diretamente a saúde mental e física dos TAEs. Afirmou ser necessário um debate claro com os servidores para criar propostas que resolvam essa questão de maneira eficiente e transparente. Logo após, o candidato Cocota mencionou que apenas a remoção dos TAEs não resolverá o problema do déficit e que é necessário negociar com o governo para que novos TAEs possam ser contratados, permitindo que os que já estão na ativa sejam realocados da melhor maneira possível.
  • Resposta – Chapa 2
    A candidata Roberta iniciou sua fala afirmando que a questão da remoção é essencial, mas que, para resolvê-la, é necessário iniciar um mapeamento completo das funções existentes na instituição e das deficiências em cada setor, para que assim seja possível identificar as habilidades de cada técnico e preencher as necessidades dos setores, garantindo um ambiente de trabalho saudável. Ela mencionou que a remoção não pode ser feita de qualquer maneira, citando o exemplo de TAEs que foram remanejados sem aviso ou consulta prévia.

Pergunta do Segmento Docente Qual a proposta da chapa para resolver o problema da falta de servidores TAEs na UFOP?

  • Resposta – Chapa 3
    Eleonardo iniciou a resposta da chapa 3 dizendo acreditar que a futura gestão da universidade será feita pelos TAEs, pois são os mais qualificados para a administração da instituição. Ele mencionou a lógica estabelecida com o MEC, que prevê um máximo de 15 alunos por técnico administrativo, enquanto na UFOP são 22 alunos por técnico. Afirmou que sua chapa tem compromisso com a defesa constante dos acordos de greve, a recomposição da categoria dos TAEs e o aumento do número de vagas. Logo após, Cristiane ressaltou entender o déficit de técnicos e mencionou que esse problema decorre da forma como a universidade e o Governo Federal têm gerido o banco de talentos.
  • Resposta – Chapa 2
    Luciano iniciou sua fala ratificando o que já havia mencionado anteriormente: que os técnicos administrativos são fundamentais para a UFOP, e que o déficit atual é, sem dúvida, o maior desafio da universidade. Ele apontou caminhos para resolver o problema, destacando o compromisso político da reitoria com a recomposição, a necessidade de um levantamento sobre a relação técnicos-alunos-professores no Brasil e em Minas Gerais, e o compromisso da reitoria com a luta sindical dos técnicos. Roberta complementou, afirmando que a carreira dos TAEs é uma das menos valorizadas no serviço público e que é necessário oferecer um ambiente de trabalho saudável.
  • Resposta – Chapa 1
    Kátia destacou que é necessário trabalhar em dois pilares para resolver o problema: a recomposição do quadro de pessoal e a realocação eficiente dos servidores, em diálogo com os trabalhadores e com entendimento das necessidades dos setores, para que todos possam contribuir e se sentir pertencentes à universidade. Ela também mencionou que é possível permitir que TAEs dirijam projetos de extensão. Em seguida, Cocota reafirmou o compromisso com a recomposição de cargos, trabalhando em conjunto com o Governo Federal, garantindo o número mínimo de técnicos na universidade e valorizando os trabalhadores de maneira digna.

2ºDebate 24/09 Mariana

Pergunta do Segmento TAE Como criar novas pró-reitorias, cursos de graduação e pós-graduação diante da falta de TAEs que a UFOP enfrenta?

  • Resposta – Chapa 3
    Eleonardo iniciou afirmando que a carta programa da chapa 3 se compromete com a defesa pelos ganhos da greve e que também propõe a criação de uma pró-reitoria que funcione como um eixo transversal com todas as pró-reitorias. Ele mencionou que a recomposição de pessoal foi um dos ganhos da greve e que já há sinalização do governo para o envio de um projeto de lei para efetuar a recomposição de cargos. Comprometeu-se, ainda, a realizar uma reunião direta com o MEC para iniciar a recomposição por meio de um processo bem dialogado. Cristiane complementou, dizendo que o TAE é essencial para toda a proposta da chapa 3 e que é de extrema importância manter um bom ambiente de trabalho.
  • Resposta – Chapa 1
    Kátia iniciou a resposta falando da necessidade de um mapeamento detalhado dos TAEs na UFOP para que a recomposição seja possível. Ela também destacou que a criação de novas pró-reitorias deve ser muito bem pensada e dialogada com as bases, sendo executada apenas se realmente necessária. Em seguida, Cocota falou sobre as dificuldades decorrentes do déficit e da necessidade de um amplo diálogo com o governo para resolver o problema, criticando a criação de novos cursos sem a contratação de novos TAEs.
  • Resposta – Chapa 2
    Roberta iniciou afirmando que é muito grave a proposição de uma nova pró-reitoria sem antes realizar um estudo detalhado sobre o assunto. Ela ressaltou que é necessário um diálogo extenso com os servidores da universidade. Luciano também mencionou a necessidade de dialogar com os servidores e criticou veementemente a possibilidade de criar novos cursos ou campus antes da recomposição e realocação dos técnicos administrativos.

3º Debate 26/09 – Ouro Preto

Pergunta ASSUFOP:
Diante dos desafios enfrentados pelos TAEs no que diz respeito à valorização da carreira, fortalecimento do teletrabalho e à reposição de servidores, quais medidas concretas os candidatos pretendem implementar para garantir a atualização do plano de carreira dos TAEs (PCCTAE), expandir o teletrabalho de forma a beneficiar mais setores e cargos, e assegurar a reposição adequada do quadro técnico da UFOP por meio de concurso próprio, evitando a sobrecarga de trabalho e o déficit de pessoal?

  • Resposta – Chapa 1:
    Katia iniciou sua resposta afirmando que os técnico-administrativos são quem movem a instituição, em conjunto com professores e estudantes. Por isso, é necessário uma reitoria mais próxima em Brasília, que consiga negociar a reposição do quadro de técnicos para garantir a relação técnico-discente mínima proposta pelo MEC. Além disso, destacou a importância de os técnicos poderem coordenar projetos de pesquisa e extensão. Cocota também mencionou o déficit de servidores, afirmando que a relação entre docentes e técnicos está insustentável e que é imprescindível realizar novos concursos para reposição de cargos, além de realizar uma redistribuição inteligente dos técnicos, baseada no mapeamento das necessidades de cada setor. Katia finalizou ressaltando que é imperativo aprimorar o teletrabalho de forma coletiva, em conjunto com a ASSUFOP e os TAEs.
  • Resposta – Chapa 2:
    Roberta iniciou sua fala destacando a importância da luta pela recomposição de servidores e a necessidade de realizar essa recomposição de maneira técnica e bem dialogada com as entidades da UFOP e de outras instituições. Para fortalecer o plano de carreira, mencionou propostas relacionadas à criação de um banco de talentos para que os técnicos possam solicitar remoções, além de melhorar as condições de trabalho na UFOP. Em seguida, Luciano comentou que a falta de técnicos é uma questão central na universidade e que teme que as responsabilidades sejam transferidas internamente, sem conhecer a situação de trabalho de cada servidor. Ele também falou sobre a necessidade de uma luta política forte em Brasília, em conjunto com a ANDIFES. Luciano enfatizou a importância de uma pesquisa extensa sobre a realidade de trabalho de cada servidor em seus setores. Por fim, mencionou que é necessário que os técnicos se sintam representados pela reitoria, que a reitoria apoie o sindicato, e que valorize os técnicos por meio de uma escuta atenta e da criação de políticas objetivas, como a de capacitação.
  • Resposta – Chapa 3:
    No início de sua resposta, Eleonardo afirmou que a valorização dos técnicos é fundamental para o bom funcionamento da universidade e que, em sua carta proposta, está o compromisso com os ganhos da greve e a reestruturação da carreira. Ele também mencionou que, enquanto pró-reitor, incentivou a implementação do teletrabalho e se comprometeu a regulamentar essa modalidade de forma mais abrangente na UFOP, para que ela seja aplicada de maneira estruturada em todos os setores possíveis, permitindo que os servidores escolham o regime de trabalho que melhor atenda às suas necessidades. Quanto à reposição de cargos, Eleonardo se comprometeu com a luta pela recomposição, ressaltando que os técnicos estão sobrecarregados e que alunos e professores estão sendo prejudicados pela falta de apoio desses servidores.

Pergunta do Segmento TAE:
Vocês pretendem retomar as ações de capacitação dos TAEs interrompidas nos últimos anos?

  • Resposta – Chapa 3:
    Eleonardo comentou que a capacitação dos TAEs passou por mudanças vinculadas à legislação federal e que, atualmente, a universidade precisa desenvolver um Plano de Desenvolvimento Pessoal (PDP) que priorize algumas ações de capacitação. Ele se comprometeu a desenvolver esse plano em conjunto com o plano de gestão, vinculando um orçamento específico para isso. Ele destacou que é necessário priorizar servidores altamente qualificados para promover esse processo de capacitação. Eleonardo também afirmou que é importante criar oportunidades para que os servidores possam obter suas graduações, qualificarem-se com mestrados e doutorados, além de retomar o processo de mobilidade internacional para os TAEs e aderir à rede PROFIAP. O maior desafio, segundo ele, é garantir o afastamento para que os técnicos possam se qualificar, já que os TAEs ainda não possuem esse direito. Ele se comprometeu a lutar para garantir essa possibilidade. Cristiane complementou falando sobre a importância dos TAEs e como eles são essenciais para o funcionamento da UFOP, destacando que fortalecer as conquistas da greve é extremamente necessário.
  • Resposta – Chapa 1:
    Katia iniciou afirmando que é fundamental retomar as ações de capacitação, pois isso está diretamente relacionado à valorização de uma categoria muito importante para a universidade. Ela também destacou que é essencial aprimorar o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), permitindo que os TAEs possam se qualificar profissionalmente, melhorando sua saúde e bem-estar. Cocota salientou que as capacitações foram interrompidas nas gestões anteriores e que sua gestão buscará todas as ações possíveis para defender as conquistas dos TAEs durante a greve. Ele também mencionou a necessidade de que os TAEs possam ter aumento salarial por meio do desenvolvimento profissional. Além disso, assumiu o compromisso de defender as conquistas dos TAEs, incluindo a revisão da Lei nº 8745, para que se implemente o TAE substituto, permitindo que os técnicos possam se afastar para se qualificar. Por fim, afirmou que trabalhará junto à ASSUFOP para garantir que os TAEs não percam seus direitos adquiridos e recuperem o sentimento de pertencimento na universidade.
  • Resposta – Chapa 2:
    Luciano iniciou sua fala enfatizando que, se é necessário retomar a política de capacitação, é porque ela foi interrompida. Ele afirmou que pretende criar uma política de capacitação para os TAEs e que o grande desafio para isso, no momento, é a questão da substituição dos TAEs, permitindo que os servidores possam se afastar para se capacitar. Ele também ressaltou que a capacitação é importante para o aumento salarial dos TAEs e para o reconhecimento da categoria e da própria instituição. Luciano acredita que é possível investir na luta e demandar melhorias do governo, mas também que é possível garantir esse direito por meio de uma política interna na universidade. Ele acrescentou que é necessário promover intercâmbios com outras universidades para capacitar os TAEs. Roberta também destacou a importância de valorizar o trabalho dos TAEs na UFOP, pois isso também valoriza e aprimora a instituição. Além disso, ressaltou a necessidade de um profissional substituto para que as mulheres possam usufruir da licença-maternidade sem prejuízo.

Vale lembrar que esse resumo foca apenas nas respostas às perguntas ligadas diretamente aos Técnico-Administrativos. Durante os debates, outros momentos também trouxeram questões importantes para os TAEs, mas não incluímos aqui porque não eram parte das perguntas específicas da categoria. Se quiser ver tudo que foi discutido é só conferir os links dos debates completos que estão logo abaixo.

1º Debate- João Monlevade

2º Debate – Mariana

3º Debate – Ouro Preto

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