Comitê nega pedido do ASSUFOP e diz que testagem em massa não é conveniente no momento

A testagem em massa das pessoas expostas ao novo coronavírus é uma das principais recomendações da Organização Mundial da Saúde, bem como de infectologistas, para o eficaz combate à pandemia. Embora grande parte dos técnico-administrativos da UFOP esteja realizando suas atividades remotamente, alguns servidores estão trabalhando de forma presencial e o ASSUFOP, inclusive, recebeu a informação de que uma pessoa que trabalha na limpeza da Universidade, contratada para prestação de serviço terceirizado, foi contaminada

De imediato, o ASSUFOP comunicou o fato à Administração da UFOP solicitando celeridade no assunto, e pedindo a testagem de todos os trabalhadores da UFOP, terceirizados, docentes e técnico-administrativos, que estão circulando nos campi da Instituição. Para a Diretoria do ASSUFOP, a medida se faz essencial para identificar prováveis portadores da Covid-19,  resguardá-los, evitar a proliferação nos ambientes da UFOP e colaborar com os relatórios diários sobre o vírus das Secretarias de Saúde dos municípios.

No entanto, o Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus descartou a possibilidade da testagem em massa das equipes que estão trabalhando presencialmente. Conforme notícia divulgada nesta quinta (16) pela UFOP, o Comitê se justificou dizendo que essa ação não tem utilidade para o funcionamento da Universidade, neste momento. Para o Comitê, “a realização de testes em todas as pessoas que circulam na UFOP teria um alto custo e resultado, em termos de prevenção, quase nulo”. Representantes do Comitê avaliaram que “essas pessoas se deslocam para o trabalho, muitas delas em transporte público, o que poderia causar uma contaminação a qualquer momento, até mesmo no período entre o teste e o resultado da análise”.  Ainda conforme a UFOP, para o Comitê, “a principal indicação é garantir a possibilidade do afastamento do trabalho ao menor sintoma e buscar a segurança do trabalhador”.

Visão da entidade

O ASSUFOP tem representação neste Comitê de Enfrentamento para acompanhar as ações, colaborar nas discussões e dialogar com os demais integrantes para garantir a preservação da saúde dos TAEs da UFOP. Após receber a informação negativa em relação a testagem em massa, o representante do ASSUFOP comunicou aos demais diretores do Sindicato.

Para a Direção do ASSUFOP, esta decisão é um contrassenso absoluto, uma vez que a Universidade deveria ter toda ciência sobre a circulação do vírus nos seus ambientes e resguardar, de imediato, a saúde dos seus trabalhadores. A medida vai na contramão da Organização Mundial da Saúde e dos protocolos científicos que exigem a testagem para identificar o alcance do novo coronavírus. Sem testes, não é possível identificar quais servidores assintomáticos foram infectados, isto é, possíveis disseminadores do vírus nos campi, nos ambientes familiares e nos espaços públicos. A Diretoria compreende o esforço do Comitê no trabalho desempenhado para minimizar os males da pandemia na Universidade, uma situação absolutamente atípica e inesperada, porém, estranha bastante a decisão de recusar a testagem aos trabalhadores, logo agora em que caminhamos para o pico da Covid-19 no interior de Minas Gerais

Diante da negativa, o ASSUFOP está solicitando ao Comitê, por meio do Ofício abaixo, a revisão da decisão supracitada e também a testagem periódica das equipes presenciais. Já que, na visão do Comitê, a testagem em massa não tem utilidade para a UFOP, para os trabalhadores e suas famílias essa ação é um direito urgente e fundamental.

Veja o Ofício abaixo:

Anexo: https://www.thelancet.com/action/showPdf?pii=S2468-2667%2820%2930157-2

 

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