Dia 29 de janeiro marca o Dia Nacional da Visibilidade Trans. Apesar da data, não há o que comemorar. O Brasil está no topo do ranking de países com mais registros de homicídios de transgêneros. De janeiro a setembro de 2018, foram assassinadas 369 pessoas trans no mundo, apenas por serem transexuais, segundo dados do projeto Trans Murder Monitoring. Deste total, 45,3% (167) das mortes foram no Brasil, a maioria das vítimas eram mulheres trans e travestis negras, trabalhadoras sexuais e indígenas.
Os dados são subnotificados e não há informações exatas do número de assassinatos, o que, de acordo com especialistas e ONGs ligadas a questões de diversidade sexual, indica que a taxa pode ser ainda maior. Recentemente o assassinato da travesti Quelly da Silva, em Capinas, São Paulo, chocou o país. Ela teve o coração arrancado e, até o caso ganhar repercussão nacional, era tratado como “morte aleatória” nas investigações da polícia.
A data de 29 de janeiro foi escolhida em 2004, quando foi apresentada no Congresso Nacional a primeira campanha organizada por homens e mulheres transexuais. Intitulada Travesti e Respeito, a campanha do Ministério da Saúde, buscou conscientizar a população em geral para o direito à cidadania e ao respeito à pessoa trans – Leia mais na reportagem do jornalExtraclasse: https://www.extraclasse.org.br/exclusivoweb/2019/01/brasil-registra-mais-de-45-dos-assassinatos-de-transexuais-no-mundo/