Além do adoecimento no enfrentamento ao Coronavírus, os servidores públicos lidam com campanha de difamação por parte de apoiadores do presidente Bolsonaro. Quem ataca o serviço público quer tirar o trabalho que ele presta para você.
Essenciais para o funcionamento dos serviços gratuitos à população, como saúde, educação, segurança e assistência social, os servidores públicos federais seguem trabalhando de suas casas, por meio do teletrabalho, alguns, nos locais laborais de costume, respeitando as recomendações de distanciamento da Organização Mundial da Saúde e das Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde. Além de atuarem na linha de frente do combate ao Coronavírus, muitos, inclusive, abraçaram as campanhas de solidariedade locais e estão ajudando famílias em situação de vulnerabilidade social neste difícil período de recessão.
No entanto, apoiadores do governo Bolsonaro, em níveis nacional e local, inclusive em Ouro Preto, estão espalhando informações inverídicas de que estes trabalhadores estão desocupados, se aproveitando da pandemia para receber salário sem trabalhar. Tais acusações ocorrem justamente neste mês de junho, período em que a UFOP dará início aos testes de detecção de Covid-19 na região. Trata-se de uma ação difamatória fundamentada na desinformação, feita por pessoas que desconhecem o serviço público.
Embora o calendário da UFOP esteja suspenso, muitos setores da Instituição permanecem com suas atividades regulares e não podem ser interrompidas. Os servidores públicos da educação não poupam esforços para preservar a Universidade e evitar o aumento no contágio da COVID-19 nas cidades que abrangem a UFOP, e dão sequência, remotamente, às pesquisas e aos projetos de extensão. Cabe aqui sublinhar as inúmeras reuniões virtuais por parte dos TAEs e docentes reunidos em comitês e núcleos que avaliam, pensam, discutem e planejam a situação da pandemia na região e a melhor estratégia para um futuro retorno das atividades presenciais. Preservar a UFOP, preservar o serviço público é defender os setores que trabalham diretamente para a população. Seguem abaixo notícias feitas por jornalistas profissionais que comprovam tais ações:
UFOP prevê início dos testes de detecção de Covid-19 em junho | Lançada campanha para auxiliar na qualidade do uso de medicamentos durante a pandemia | Pesquisadores desenvolvem oxímetro para monitoramento de pacientes com Covid-19 a distância | Comitê se integra aos esforços para buscar alternativas para a rotina acadêmica | Pesquisadoras da UFOP atuam contra o novo coronavírus e em defesa da população diabética| Nota técnica de pesquisadores da UFOP e UFMG atualiza dados da subnotificaçãol | Proex recebe inscrições de projetos de enfrentamento do novo coronavírus| Núcleo de Direito do Consumidor da UFOP cria grupo para divulgar informações
Servidores como inimigos
Grupos e simpatizantes alinhados ao discurso difamatório do presidente Bolsonaro compartilham de uma mesma visão ideológica – difundidas por meios de comunicação em investigação pelo STF e pela Polícia Federal – e acusam os servidores públicos como ineficientes, caros, privilegiados, comunistas e, portanto, inimigos. Esse delírio bolsonarista se faz ainda mais irresponsável durante a própria pandemia, em que o SUS e as instituições públicas de ensino estão agindo diretamente salvando vidas da população que mais precisa. Cabe dizer também que Brasil tem menos servidores públicos do que os países mais desenvolvidos. A cada 100 trabalhadores brasileiros, 12 são servidores públicos. A média dos países mais desenvolvidos é de 21 funcionários a cada 100 empregados. Portanto, toda a classe do serviço público deve se unir, denunciar e combater esse discurso difamatório difundido e financiado por grupos bolsonaristas que tratam os servidores como inimigos. Não podemos deixar que a lógica do governo Bolsonaro – para as grandes empresas, dinheiro público; para os trabalhadores, granada, precarização e congelamento – ecoe na opinião pública.
Esses pulhas bolsonarista estão tentando desviar a atenção dos desvio flaudolentos dos filhos de Bozo e do próprio. Os servidores públicos não podem deixar osso barato. Temos que atacar mais fortes essa turma da desgraça do Brasil. É preciso se organizarem urgentemente e em todo território nacional desde municipais, estaduais e federais para uma ação conjunta contra essa corja.