Assembleia do ASSUFOP reprova proposta do governo e intensifica movimento grevista


O Sindicato ASSUFOP realizou na manhã desta quinta-feira (25), no Centro de Convergências da UFOP, campus Morro do Cruzeiro, uma Assembleia Geral com o objetivo de analisar a proposta do governo para os técnicos administrativos enviada na última sexta-feira, 20.

Os trabalhadores consideraram que o governo apresentou uma proposta bastante insuficiente mantendo o reajuste de 0% para 2024, com 9% em 2025 e 3,5% em 2026. Quanto à reestruturação da carreira TAE, a proposta foi considerada indecorosa, considerando muito parcialmente, apenas cinco dos doze pontos destacados na proposta construída pela Comissão Nacional de Supervisão da Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (CNSC).


Os participantes destacaram a importância de manter a greve com continuidade, intensidade e fortalecimento. Ainda que a proposta do governo tenha sido considerada inadequada, foi ressaltado a relevância da união e mobilização da educação federal para alcançar as demandas do movimento paredista. É preciso persistir na pressão sobre o governo e ganhar o apoio da opinião pública.

Por unanimidade, a Assembleia aprovou os 11 pontos de orientações do Comando Nacional de Greve (CNG) da FASUBRA para as entidades de base, com o acréscimo de mais um ponto, sugerido pela base do ASSUFOP: dar prioridade à reestruturação da carreira dos TAEs, sem concentrar exclusivamente os esforços no reajuste linear para 2024.


Um destaque durante a reunião foi a informação sobre o 1º Ato Público das Entidades Representativas da Educação Federal, que acontecerá em Nova Lima-MG, nesta sexta-feira (26). Lula fará uma visita rápida à fábrica da BIOMM, e o ASSUFOP, junto com o SINASEFE IFMG e a ADUFOP, disponibilizará ônibus para que os servidores da UFOP em greve participem do ato com o objetivo de chamar a atenção do presidente da república. O formulário de inscrição está disponível no site da entidade (ou clique aqui)


Também foi informado que o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) assinará nesta quinta-feira (25/04), às 16h, no bloco C da Esplanada dos Ministérios o Termo de Compromisso nº 1/2024. O documento formalizará o compromisso entre entidades e o governo sobre a proposta que prevê: 1) reajuste do Auxílio Alimentação, passando de R$ 658,00 para R$ 1.000,00; 2) reajuste de 51% no montante destinado ao valor do per capita da Saúde Suplementar (considerando a faixa de idade e de renda do servidor); e (3) reajuste no valor da Assistência Pré-escolar, de R$ 321,00 para R$ 484,90.


Os 11 pontos sugeridos pelo CNG e aprovados pela assembleia são:

  1. Continuidade da greve dos TAE por tempo indeterminado;
  2. Reafirmar a proposta de reestruturação de carreira aprovada em plenária e protocolada no MGI, rejeitando a proposta do governo apresentada na mesa de negociação de 19 de abril manifestando a concordância com os pontos acatados pelo governo. Apresentar contraproposta do índice de recomposição salarial trazendo, da mesa geral para a específica, o índice construído pelo FONASEFE e calculado pelo DIEESE, de 34%, dividido em 2024, 2025 e 2026 (10,34% a cada ano) como orientado pelo relatório da CNSC;
  3. Participação na campanha: “Lula, Haddad, Esther e Tebet, recebam os Trabalhadores da Educação”, organizada pelo CNG. E nas sextas-feiras subir a Hashtag #LulaRecebaOsTae no X e no Instagram;
  4. Realizar atividades com políticos, preferencialmente em contato com lideranças de bancadas, regionalizadas, em busca de apoio e de resolutividade da nossa greve;
  5. Organizar atividades nos ministérios da Fazenda, Desenvolvimento, Planejamento, Gestão e Inovação e principalmente no Congresso;
  6. Atividades nas Câmaras Municipais e Assembleias Legislativas em todas as cidades onde houver unidades e/ou campi avançados das universidades e institutos, além de protocolar moção e solicitar a realização de audiências em apoio a nossa greve;
  7. Reafirmar a proposta de carreira apresentada pela FASUBRA em outubro do ano passado, analisada no Relatório do GT Reestruturação, incluindo a aglutinação dos níveis A/B (com 40% da remuneração do nível E) e C/D (com 60% da remuneração do nível E), o estabelecimento do RSC e todos os demais pontos;
  8. Propor ao ANDES, SINASEFE, FONASEFE, como também ao movimento estudantil, a realização de fortes atos unificados no 1° de maio que incorporem 4 IG ABR – 4 o apoio à greve da educação e das pautas dos servidores federais junto às demais pautas da classe trabalhadora;
  9. Indicativo de Caravana na segunda quinzena de maio;

10.Realizar atividade de impacto na base com atos em frente às reitorias, e no MEC, em 9 de maio, como dia nacional de luta pela destituição dos interventores, por eleições no mínimo paritárias, pela paridade nos órgãos de decisão, pelo fim da lista tríplice, pela defesa de que os TAE possam ser reitores das instituições, pela democracia interna das instituições federais de ensino;

11.Propor ao ANDES, ao SINASEFE e às entidades estudantis, a construção de calendário unificado de atividades.

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