Lula em Minas: ASSUFOP participa de ato dos servidores em Nova Lima


Nesta sexta-feira (26), servidores técnico-administrativos da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), em greve, uniram-se a outros sindicatos da educação de Minas Gerais para um ato em frente à fábrica de biomedicamentos Biommem, em Nova Lima, que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O objetivo foi chamar a atenção do presidente para as demandas das categorias.


Lula esteve em Nova Lima para a inauguração de uma planta industrial que retomará a produção de insulina glargina no país. Junto a ele, estiveram presentes o ministro da economia, Fernando Haddad, e a ministra da saúde, Nísia Trindade. Enquanto o evento transcorria, os servidores, do lado de fora, estenderam faixas e bandeiras em frente à fábrica, clamando por atenção às pautas do movimento grevista.


As faixas exibiam mensagens como “Valorizar os servidores é investir no futuro da educação”, “Governo, negocie já!” e “Não há educação pública sem valorização dos servidores”. O intuito era transmitir à mídia e ao governo federal a indignação dos servidores em greve em relação às negociações da campanha salarial 2024.

Apesar de Lula não ter comparecido ao ato dos servidores, as deputadas estaduais Bella Gonçalves (PSOLMG) e Andreia de Jesus (PTmG) interagiram com os presentes, gravando vídeos de apoio à greve e prometendo reforçar as pautas nas reuniões com membros do governo Lula. A mobilização contou com a participação de cerca de 200 servidores.


É importante ressaltar que os trabalhadores técnico-administrativos da UFOP rejeitaram a última proposta oferecida pelo governo, considerando-a insuficiente. A proposta mantinha o reajuste de 0% para 2024, com 9% em 2025 e 3,5% em 2026, além de pouco abordar a reestruturação da Carreira TAE, uma das principais demandas da greve.


Os servidores federais enfrentam uma situação desafiadora, pois não possuem uma data-base definida por lei. Na última reunião com as entidades, a Executivo reiterou sua política de reajuste zero para a categoria em 2024, o que não atende à recomposição das perdas inflacionárias acumuladas nos últimos anos, totalizando 34,32%.

Os TAEs têm a menor remuneração do serviço público federal e enfrentaram um congelamento salarial durante os dois anos do governo de Michel Temer e ao longo de todo o período do governo de Jair Bolsonaro. Confira abaixo o relato do diretor do ASSUFOP, Marcelo Gomes, que participou da mobilização:

Veja abaixo a galeria de fotos da manifestação:

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