Deputado federal Rogério Correia e a deputada estadual Beatriz Cerqueira se reuniram com diretores do Sindicato na sede do ASSUFOP. A Reforma Administrativa foi o principal assunto do encontro.
Na noite da última sexta-feira (05), o deputado federal Rogério Correia (PT-MG) e a deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT-MG) se reuniram com membros dos sindicatos da educação da Rede Federal de Ouro Preto na sede do Sindicato ASSUFOP. Participaram do encontro os diretores do ASSUFOP, Gabriel Souza, Eduardo Evangelista e Hugo Guarilha; o diretor do SINASEFE IFMG, Pedro Peixe; o vereador Wanderley Kuruzu, e membros de partidos e movimentos sociais da cidade. Os deputados explicaram aos presentes a conjuntura da educação pública no âmbito nacional e estadual, além de discutir formas de resistência aos projetos dos governos Bolsonaro e Zema que retiram direitos dos trabalhadores e precarizam o serviço público.
Rogério Correia é membro da Frente Parlamentar Mista do Serviço Público na Câmara e deu detalhes sobre o andamento da Reforma Administrativa (PEC 32) em Brasília-DF. “O governo não tem os votos para a aprovação da Reforma Administrativa. Ela não será votada. A mobilização constante dos servidores públicos nos aeroportos, na Esplanada dos Ministérios e na Câmara dos Deputados foi fundamental para pressionar os parlamentares a não votarem essa matéria que precariza o serviço público e retira direitos históricos dos trabalhadores”, afirmou.
Rogério alertou que é preciso enterrar de vez a PEC 32/2020, uma vez que a proposta representa um risco iminente às universidades e institutos federais: “Nós chamamos a PEC 32 de deforma administrativa. É a simples privatização da prestação de serviço público. Caso ela fosse aprovada, certamente nós teríamos a educação pública, por exemplo, passando para mão de entidades privadas. Quem sofreria com isso seria nosso povo, que deixaria de ter uma educação pública e de qualidade”, destacou.
A deputada estadual Beatriz Cerqueira lembrou que a Assembleia Legislativa de Minas se posicionou contrariamente à PEC 32 “A Assembleia Legislativa já aprovou o posicionamento contra a essa privatização dos serviços da saúde, da educação e de todos os serviços. Agora é momento de intensificar a mobilização. Não foi aprovada ainda graças à luta dos nossos parlamentares e, fundamentalmente, à luta popular e sindical. Intensificar essa mobilização significa também pressionar cada deputado federal, cada partido. Nós já sabemos que não tem nada de reforma na PEC e não vai resolver problema nenhum em nosso país e só vai agravar as desigualdades sociais”. Confira a mensagem que os deputados gravaram para os trabalhadores da UFOP:
Mobilização em Brasília continua
O recado para os deputados federais é: SE VOTAR, NÃO VOLTA! As mobilizações virtuais estão ocorrendo, por meio de e-mails aos parlamentares e mensagens em suas redes sociais.Desde setembro que Arthur Lira tenta colocar a PEC em votação e não consegue por falta de apoio. A FASUBRA Sindical, federação a qual o ASSUFOP é filiado, mantém a interlocução com as entidades que compõem o FONASEFE e com as Centrais Sindicais sobre a importância da construção de uma greve unificada caso a PEC 32 vá para a votação em plenário.
Desmonte
Desde que assumiu a presidência da República, Bolsonaro retirou R$ 2 bilhões do orçamento dedicado aos salários dos servidores públicos, que estão congelados desde 2016. A cifra também diz respeito a não reposição de trabalhadores que se aposentaram ou saíram do serviço público.
A PEC 32 faz parte deste cenário de desmonte. Em sete anos, o Ministério da Saúde, o INSS, o IBGE e o Ibama, por exemplo, perderam entre um terço e a metade de seus servidores. Com isso, a precarização do trabalho, o sucateamento e a conseqüente piora dos serviços viraram uma triste rotina.
Reforma administrativa não melhora o Estado, precariza os serviços e aumenta desigualdades
O Sindicato ASSUFOP tem dado ênfase nos ataques contidos na Reforma Administrativa e segue com a campanha de pressão sobre os deputados. A entidade divulgou outdoors em Ouro Preto e Mariana alertando os deputados mais bem votados da região que se votarem a favor da PEC, eles não voltaram em 2022. Além disso, o Sindicato realiza diversas formas de pressão sobre os deputados mineiros por meio das redes sociais.
Entenda como a PEC 32/2020 afeta o serviço público e os brasileiros:
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