Neste domingo faz 55 anos do golpe militar no Brasil. É preciso reforçar a história infame deste período, sobretudo nessa conjuntura de exaltação ao autoritarismo, à intolerância, à concentração de renda e à supressão de direitos.
A Direção do ASSUFOP repudia veementemente a postura da Presidência da República de celebrar o 31 de março e tentar reescrever a história do Brasil. Comemorar a ditadura militar brasileira significa, em linhas gerais, festejar o crime, a tortura, a maldade extrema, o sequestro da democracia e dos direitos civis.
O relatório final da Comissão Nacional da Verdade apontou 377 pessoas como responsáveis diretas ou indiretas pela prática de tortura e assassinatos durante a ditadura militar, entre 1964 e 1985 e 434 . Com 4.328 páginas, o documento revelou 536 sindicatos sob intervenção; 434 mortos e desaparecidos; 6.591 militares atuando diretamente para perseguir opositores, entre outros dados.