Greve Nacional da Educação reúne multidão em Ouro Preto e Mariana-MG.

O governo de Bolsonaro estremeceu diante da primeira grande manifestação de rua após 5 meses de (des)governo. A Greve Nacional da Educação, convocada pelas entidades estudantis brasileiras, mobilizam mais de 200 cidades brasileiras. Somente a capital mineira reuniu cerca de 280 pessoas perto da praça da Estação, Centro. Ouro Preto contou com aproximadamente 3 mil pessoas, entre servidores, estudantes e moradores da cidade. Mariana também não ficou de fora e concentrou cerca de 1.500 pessoas que se concentraram o ICSA, passaram pelo centro em direção ao ICHS.

Concentração dos estudantes e servidores após caminhada no centro histórico de Ouro Preto.

A mobilização teve início às 10h, em frente a portaria do IFMG. A UFOP, por sua vez, se concentrou no Restaurante universitário do Morro do Cruzeiro. As principais reivindicações dos servidores e estudantes eram os cortes na educação e a Reforma da Previdência. A paralisação do dia 15 de maio foi convocada em abril, após o anuncio dos cortes de recursos na educação, na semanada passada, pelo ministro Abraham Weintraub. Após este congelamento, a mobilização ganhou forças. A tag #TsunamiDaEducação ocupou o topo do Twitter Brasil durante o dia. As ações unificadas protestaram contra os retrocessos à educação como um todo e contra os diversos ataques do atual governo ao setor, que buscam a precarização e a desqualificação do ensino público, gratuito e de qualidade no país.

A proposta de reforma da Previdência, prevista pela PEC 6/19, em tramitação na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, outro ataque gravíssimo ao direito de aposentadoria do trabalhador brasileiro, em especial os professores; e a MP 873/19, que busca diminuir o poder financeiro e de organização das entidades sindicais também foram temas de protestos. Os atos demonstraram força e unidade de luta, sendo uma preparação para a grande Greve Geral dos trabalhadores (as), convocada pelas centrais sindicais para 14 de junho.

Enquanto os protestos ganhavam força pelo país, o presidente Bolsonaro, em viagem a Dallas, nos EUA, classificou o movimento como “massa de manobra” e chamou os estudantes de “idiotas úteis”, o que causou ainda maior indignação entre os manifestantes e legitimou a paralisação, mostrando o quanto o presidente é insensível à política de educação e incapaz de perceber o poder das ruas.

Além das capitais, os atos ocorreram em mais de 21 estados. Em Brasília, manifestantes percorreram a Esplanada dos Ministérios e se reuniram em frente ao Congresso Nacional durante toda a manhã, onde dirigentes sindicais, lideranças estudantis e parlamentares discursaram em carro de som.  Um mar de gente se formou entre os Ministérios e cartazes e faixas traziam as respostas aos ataques do governo.

 

Goiânia/GO 

Recife/PE 

João Pessoa/PB

Curitiba/PR

Aracaju/SE 

Porto Alegre/RS

Rio Grande/RS

Juiz de Fora/MG

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