Nota em solidariedade à Adufop

O Sindicato ASSUFOP manifesta sua profunda solidariedade à ADUFOP diante dos lamentáveis acontecimentos ocorridos na reunião entre o Comando de Greve da ADUFOP e a Administração da UFOP, na última quinta-feira, no prédio da Reitoria da UFOP.

É preocupante e inaceitável que a reitora Cláudia Aparecida Marliére de Lima tenha se recusado a participar da reunião logo no início, alegando a presença do assessor jurídico da entidade sindical como motivo para sua retirada. Vale ressaltar que a reunião nem sequer havia começado. A atitude da reitora, ao se levantar e instar os demais membros da administração da UFOP a se ausentarem, demonstra um comportamento imprudente e autoritário.

A recusa da reitora em dialogar na presença do assessor jurídico é uma clara medida antissindical. Quem ocupa o cargo máximo de uma universidade deve respeitar os ritos democráticos da instituição e reconhecer a importância do diálogo respeitoso com todos os representantes dos trabalhadores.

Atitudes que visam achincalhar, humilhar e rebaixar trabalhadores são totalmente incompatíveis com o cargo de reitora e com o ambiente universitário. Além disso, representam uma afronta ao exercício do direito, considerando que o alvo da atitude beligerante foi o advogado Guido de Mattos Coutinho no exercício de sua função.

Acreditamos que é fundamental que as lideranças universitárias atuem com respeito, ética e responsabilidade, promovendo um ambiente de diálogo e colaboração. Esperamos que situações como essa não se repitam e que a Administração da UFOP reafirme seu compromisso com a democracia, o respeito às entidades sindicais e o diálogo construtivo.

Solidarizamo-nos com a ADUFOP e reiteramos nosso compromisso com a defesa dos direitos dos trabalhadores e com a valorização da democracia dentro das universidades.

“Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho e nossa casa,
rouba-nos a luz e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada”.

Eduardo Alves da Costa

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