PROGEP ignora interesses dos TAEs e nega recesso administrativo

Na última segunda-feira (14/07), o Sindicato ASSUFOP enviou à Pró-reitoria de Gestão de Pessoas um ofício requerendo que o recesso acadêmico, que ocorrerá dos dias 21 a 25 de julho, fosse extendido para o calendário administrativo para que os TAEs também pudessem usufruir desse direito. O ofício foi enviado a partir da deliberação da última assembleia que ocorreu também na segunda-feira, onde muitos TAEs se mostraram preocupados com o fato de o recesso administrativo da UFOP não coincidir com o recesso escolar de seus filhos. Você pode ler o ofício enviado pelo ASSUFOP clicando aqui!

Hoje (17/07) a PROGEP enviou ao Sindicato ASSUFOP um ofício negando o pedido. Segundo a PROGEP, o recesso acadêmico de agora “não se equipara ao recesso para comemoração de festas de final de ano. O recesso aprovado pelo Conselho, na verdade, se equipara ao período de férias escolares que normalmente ocorre entre o término de um período letivo e o início do próximo. Neste intervalo de tempo, os servidores de ambas as categorias que não estiverem em gozo de férias devem realizar suas demais tarefas normalmente”. Você pode ler o oficia enviado pela PROGEP clicando aqui!

A PROGEP ainda salienta em seu ofício que para servidores que não tenham como trabalhar e cuidar dos filhos no período de férias escolares deveriam “marcar seus períodos de férias de forma que coincida com as férias escolares de familiares”.

Mais uma vez vemos a Pró-reitoria de Gestão de Pessoas se acovardar e falhar em equiparar os direitos dos técnico-administrativos com os dos docentes. Por mais que teoricamente os docentes precisem manter suas atividades, na prática as duas funções não se igualam, já que a rotina de trabalho dos professores pode ser muito mais flexibilizada e em muitos casos feita totalmente de casa, enquanto muitos TAEs terão que continuar indo presencialmente na universidade e continuar marcando seu controle de ponto.

Vemos, com isso, realidades completamente diferentes onde os docentes têm maior facilidade em cuidar de seus filhos durante o recesso escolar, enquanto os TAEs precisam se desdobrar para manter a rotina de trabalho sem nenhuma alteração e ainda ter que cuidar dos afazeres domésticos e familiares, mesmo não podendo permanecer em casa.

A PROGEP sugerir que os técnicos deveriam marcar suas férias durante esse período mostra apenas uma tentativa de terceirização do problema. Dessa maneira, também os técnicos deveriam utilizar seus dias de folga enquanto muitos docentes podem ficar em casa no recesso e ainda ter a mesma quantidade de dias de férias que antes! E se todos os TAEs resolvessem marcar seus períodos de férias no mesmo período de recesso, como a universidade agiria para manter a administração da universidade funcionando?

Esse episódio marca um despreparo da comunidade universitária na construção do calendário acadêmico e sinaliza, mais uma vez, que os interesses dos técnico-administrativos estão sendo deixados de lado.

Receba às notícias do Sindicato ASSUFOP por e-mail e/ou WhatsApp

0 0 votos
Classificação do artigo
Inscrever-se
Notificar de
guest
0 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
Rolar para cima