Após meses de intensas negociações, os sindicatos ASSUFOP, ADUFOP e SINASEFE IFMG chegaram a um acordo com a Unimed para a renovação do contrato do plano de saúde, válido a partir de dezembro. O processo foi marcado por impasses, críticas à postura da operadora e debates sobre alternativas viáveis para os sindicalizados.
O reajuste do plano de saúde foi debatido em assembleia realizada na última terça-feira (26/11). Apesar de a reunião não ter alcançado quórum, a diretoria do sindicato apresentou aos presentes os dados referentes às tabelas de reajuste e esclareceu dúvidas sobre as negociações e a posição inflexível da Unimed. Diante da ausência de quórum, a diretoria deliberou internamente sobre o reajuste, levando em consideração as decisões já tomadas pelos sindicatos ADUFOP e SINASEFE IFMG, o prazo curto para assinatura do contrato e a necessidade urgente de muitos associados da ASSUFOP, que dependem do plano para tratamentos de alto custo.
Reajustes e propostas
Com o término do contrato anual, a Unimed apresentou inicialmente uma proposta considerada abusiva, que previa reajuste de 47% no valor das mensalidades, associado a uma coparticipação de 30%. Durante as negociações, os sindicatos sugeriram alternativas para mitigar o impacto do reajuste, entre elas:
- Reajuste de 18%, mantendo a coparticipação atual de 20%;
- Reajuste de 9,38%, com coparticipação de 30%;
- Reajuste de 5%, com aumento da coparticipação para 35%.
Entretanto, as propostas não foram aceitas pela operadora, que se manteve irredutível.
Busca por alternativas
Diante da inflexibilidade da Unimed, os sindicatos buscaram outras opções no mercado, incluindo reuniões com a Agros e a CASU. Contudo, ambas apresentaram tabelas de valores ainda superiores às da Unimed, inviabilizando uma troca de operadora.
Durante as discussões, os sindicalizados criticaram duramente a postura da Unimed, que, apesar da parceria de longa data e do histórico de pontualidade nos pagamentos, manteve-se inflexível.
Mudanças no contrato renovado
Além do reajuste, o novo contrato traz mudanças significativas nas regras de cobertura:
- Filhos e netos dos titulares poderão permanecer no plano até os 43 anos (antes, o limite era 33 anos);
- Inclusão de pais, mães, sogros e sogras não será mais permitida na modalidade agregado.
Os valores atualizados serão aplicados a partir de dezembro, sem cobrança retroativa.
Apesar das críticas e do descontentamento dos servidores, os sindicatos optaram por renovar o contrato com a Unimed, visando evitar a suspensão do plano de saúde e prejuízos ainda maiores para os sindicalizados.
Acho que o governo federal tem a obrigação de nos ajudar com um valor maior que o atual ou até mesmo o valor total do plano de saúde de cada servidor. Essa responsabilidade pela saúde do servidor já era pra tá acontecendo a muito tempo atrás. Pode se ver que a cúpula do governo federal são os que mais ocupa os grandes hospitais de São Paulo