
Hoje (14/05), aconteceu no Centro de Artes e Convenções da UFOP, em Ouro Preto, a Assembleia Universitária convocada pela Administração Central da universidade, com o objetivo de debater a situação orçamentária da instituição após a publicação do Decreto 12.448, que limita o orçamento mensal da UFOP a 1/18 (5,5%) do orçamento anual até novembro deste ano.
A assembleia foi iniciada com uma fala do reitor Luciano Campos. Em seguida, o pró-reitor de Finanças, Thiago Augusto de Oliveira Silva, e o pró-reitor de Planejamento e Administração, Rodrigo Fernando Bianchi, apresentaram em detalhes a situação financeira da universidade, além de sugerirem possíveis soluções para o problema.
Logo após, foi composta a mesa para responder às perguntas e comentários da comunidade acadêmica. A mesa foi aberta com falas dos representantes das entidades de base: o presidente do Sindicato ASSUFOP, Gabriel Souza; a presidenta da ADUFOP, Joana do Amaral; e a representante da diretoria do DCE, Letícia Bargas.
Em sua fala inicial, o presidente do ASSUFOP, Gabriel Souza, demonstrou preocupação com a situação financeira da universidade e destacou a incongruência do corte, considerando que o governo federal tem registrado recordes de arrecadação em 2025. Ele também sugeriu que a UFOP inclua no calendário de 2025 dias mensais de paralisação, como forma de demonstrar e manifestar o repúdio da comunidade acadêmica aos cortes de gastos e à precarização da educação brasileira, além de pressionar o governo pela revogação do contingenciamento.
Quando o microfone foi aberto para a plateia, diversas questões foram levantadas. Uma delas foi se o contingenciamento impactaria na construção do campus da UFOP em Ipatinga. A vice-reitora Roberta Froes respondeu que não, pois o orçamento para o novo campus é separado do orçamento anual da universidade e não pode ser utilizado para outros fins, não impactando, portanto, o orçamento geral da UFOP.
Outras questões abordaram os cortes em auxílios, como transporte e assistência estudantil. O reitor Luciano Campos afirmou que, a princípio, não haverá corte de bolsas ou auxílios e que a prioridade da administração é realizar cortes e revisões contratuais que não afetem a qualidade do ensino na universidade.
Alguns exemplos apresentados de contenção de gastos foram: não permitir o despacho de bagagens em viagens curtas e não liberar auxílio-transporte para professores convidados a participar de bancas ou eventos em outras instituições, já que, segundo a reitoria, esse custo deveria ser responsabilidade da universidade convidante. O pró-reitor Rodrigo Bianchi também comentou sobre o sistema fotovoltaico da UFOP, que ainda não está em pleno funcionamento. Ele mencionou que, com um investimento de até R$ 200 mil, seria possível viabilizar o uso de energia solar, o que poderia reduzir a conta de luz em até R$ 200 mil por mês.
Você pode acessar a gravação completa da assembleia no canal do YouTube da UFOP clicando aqui!