Neste domingo (12), o Sindicato ASSUFOP foi palco da exibição do filme “Marighella”, com direção de Wagner Moura, e contou com um público de, aproximadamente, 250 pessoas composto por moradores de Ouro Preto e de outras cidades da região como Mariana, Ouro Branco, Conselheiro Lafaiete, Itabirito e Congonhas. O evento foi organizado pelo Comitê Central de Mobilização da Região dos Inconfidentes (composto por entidades sindicais, organizações estudantis, movimentos sociais e partidos políticos) e aconteceu na área externa da entidade. Foram exigidos os protocolos sanitários de combate ao coronavírus, como o uso obrigatório de máscaras, distribuição de álcool em gel e apresentação do cartão de vacinação como requisito indispensável para assistir ao filme.
Vice-presidente do ASSUFOP, Paula Stockler, e seu filho, Daniel, durante a abertura do evento
Antes da exibição do longa, representantes das entidades organizadoras discursaram, saudaram os presentes e reforçaram a importância de evidenciar a figura do Carlos Marighella, líder revolucionário fundamental na luta contra o sequestro da democracia brasileira durante o período da ditadura civil-militar. A vice-presidente do ASSUFOP, Paula Stockler, compôs a mesa de abertura e destacou a unidade das entidades na construção dos movimentos de resistência diante de uma conjuntura bastante adversa para aqueles que lutam por direitos e justiça social. “Fico muito feliz em ver todas essas pessoas interessadas neste evento, em assistir ao filme sobre Marighella. Esse é o caminho da construção da luta, unindo movimentos sociais, sindicatos, representantes políticos e estudantis na defesa da democracia e dos direitos sociais”, afirmou.
Presidente do ASSUFOP, Gabriel Souza, coordenou a abertura da exibição
Também participou da exibição a deputada estadual Andreia de Jesus (PSOL/MG) que lembrou o caráter racial da luta empenhada por Carlos Marighella “Marighella nos resgata o fundamental protagonismo negro na luta contra a ditadura e o autoritarismo. É importante cada vez mais circularmos com esse filme porque ele vem mostrando essa parte da história, resgatando um homem negro, revolucionário. É fundamental ocuparmos todos os espaços, especialmente com a arte, ela é uma das principais formas de convencimento popular de discursos. Através da arte alcançamos mais pessoas e o cinema como essa expressão artística servindo como resgate para buscar as pessoas que compuseram as lutas por democracia, liberdade de expressão e direitos”, concluiu.
Deputada estadual Andreia de Jesus (Psol/MG)
Maria Marighella, vereadora de Salvador e neta do Carlos Marighella, não pôde participar do evento devido a uma complicação no voo com destino à Belo Horizonte causada pela companhia aérea. No entanto, ela gravou um vídeo que foi exibido no evento explicando e lamentando o ocorrido, e parabenizando a organização e o empenho dos responsáveis pelo evento. Maria Marighella reforçou seu compromisso de estar em Ouro Preto assim que possível.
Direção: Wagner Moura. Sinopse: Neste filme biográfico, acompanhamos a história de Carlos Marighella, em 1969, um homem que não teve tempo pra ter medo. De um lado, uma violenta ditadura militar. Do outro, uma esquerda intimidada. Cercado por guerrilheiros 30 anos mais novos e dispostos a reagir, o líder revolucionário escolheu a ação. Marighella era político, escritor e guerrilheiro contra a ditadura militar brasileira.
