Entidades se reúnem para discutir renovação do plano de saúde Unimed

Na tarde da última quinta-feira (30), representantes do ASSUFOP, SINASEFE IFMG e ADUFOP se reuniram para discutir estratégias para a renovação do contrato do plano de saúde Unimed. O diálogo abre uma série de encontros entre as entidades para discutir o assunto antes da reunião com a gerência da Unimed Inconfidentes.

Participaram da reunião os diretores da pasta de assistência, Luciana Santos e Lourival Nunes, além do presidente do ASSUFOP, Sérgio Neves (Foto: Larissa Lana/ADUFOP).

Entenda como é feita a renovação do contrato

O contrato coletivo das entidades (ASSUFOP, SINASEFE IFMG e ADUFOP) com a Unimed é renovado todo ano (outubro) e por isso sofre um reajuste anual previsto no contrato. O Índice de Reajuste Anual do contrato constitui-se da soma do Índice IGP-M anualizado do período (IGP-M), acrescido do Índice de Reajuste Técnico (IRT) baseado na taxa de sinistralidade medida pela Unimed.

A sinistralidade equivale à contabilização da utilização do plano pelos usuários, compondo a relação entre custos (sinistro) e lucro da seguradora. Esse total é calculado e, depois, representado por um percentual. A sinistralidade é, portanto, o resultado imediato da grande utilização dos planos de saúde. As negociações sobre o reajuste são feitas em reuniões entre a seguradora e os representantes das três entidades.

Reajuste em 2017 foi de 0%. Entenda:

No ano passado, a Unimed apresentou um relatório no qual os parâmetros da sinistralização, no período de outubro de 2016 a setembro de 2017,  ficaram em 72,28%. O contrato entre as entidades com a seguradora estabelece um índice de reajuste técnico caso a taxa de sinistralidade seja maior que 75%.

O contrato também prevê o reajuste econômico baseado no IGP-M cujo  índice acumulado em setembro de 2017 foi de -1,45% . Mesmo assim, a Unimed Inconfidentes tinha proposto um reajuste de 13,54% conforme índice da Agência Nacional de Saúde. Porém, este índice desconsiderava os termos de reajuste do contrato (reajuste técnico + reajuste econômico).

Levando em consideração os fatores supracitados, a comissão formada pelas entidades recusou o reajuste de 13,54% e propôs um índice de 0,00%, obedecendo os índices de reajuste inclusos no contrato.

Encaminhamentos

Os representantes das entidades solicitaram à Unimed o índice atualizado de sinistralidade no período de outubro de 2017 à setembro de 2018 para um estudo minucioso da questão. Este ano, o IGP-M acumulado até julho de 2018 foi de 8,26%, superior aos -1,45% referente a setembro de 2017.

Também foi destaque na reunião o desejo de iniciar as negociações com a Unimed Inconfidentes o mais breve possível, para que o diálogo não ocorra perto do vencimento do contrato. Dessa forma, os usuários não seriam prejudicados até que haja consenso entre as entidades e a seguradora de saúde. 

 

 

 

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Anita Oliveira Ferreira
Anita Oliveira Ferreira
6 anos atrás

Na situação pela qual estamos passando, de arroxo salarial, ou seja, não temos aumento de salário e, caso a Unimed aumente muito o percentual de reajuste, temos que ser realistas: a maioria não terá como pagar o plano de saúde da Unimed. Sugerimos, portanto, a contratação de outro plano em que maioria dos associados possam pagar. Tal medida será necessária para que os associados não fiquem sem um plano de saúde. A Unimed tem que entender que existe outros planos que poderão ser contratados e, portanto, para que seja mantido o convênio tem que atentar para a realidade que estamos passando.

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