8 de março | Dia internacional de luta pelos direitos das mulheres; participe do ato público.


BASTA DE FEMINICÍDIO! NÃO À REFORMA DA PREVIDÊNCIA! POR UM NOVO MODELO DE MINERAÇÃO!

Ato público nesta sexta-feira, às 16h30, na Praça Tiradentes em Ouro Preto.

O dia 8 de março se aproxima e nós, mulheres de Ouro Preto, Mariana e região, mais uma vez, nos organizamos para este dia de luta por nossos direitos. Neste dia paramos para denunciar as mais diversas formas de opressão que nos atingem enquanto classe trabalhadora composta por mulheres, mães, camponesas, estudantes, negras, indígenas, lésbicas, bissexuais, trans e atingidas pela mineração.

Só em janeiro deste ano já foram registrados 107 casos de feminicídios em nosso país. Um número assustador! O ódio contra as mulheres, e a criminalização dos nossos corpos mata uma mulher a cada uma hora e meia, sobre o silêncio de governos e políticas públicas inoperantes . O feminicídio é a expressão fatal das diversas violências que podem atingir as mulheres em nossa sociedade marcada pela desigualdade de gênero e por construções históricas, culturais, econômicas, políticas e sociais discriminatórias. A violência têm gênero e cor no nosso país, enquanto nos últimos 10 anos o número de feminicídios à mulheres brancas caiu 9,8%, o crime praticado contra mulheres negras cresceu 54%, segundo os dados do Mapa da Violência de 2015.

Nós, mulheres, somos mais da metade da população e representamos cerca de 70% da população que vive em situação de pobreza no mundo. Somos nós que ocupamos os postos de trabalho mais precarizados e mal remunerados. Essa desigualdade reduz a capacidade que as mulheres têm de contribuir com a previdência, além de não ser reconhecido o trabalho doméstico. A burguesia, não satisfeita com exploração da nossa força de trabalho e com a nossa dupla jornada, no mercado e em casa, prevê uma reforma previdenciária que precariza ainda mais a nossa situação enquanto mulheres trabalhadoras.

Nos territórios dominados pela mineração, que geram majoritariamente postos de trabalhos masculinos, as mulheres, além de terem que lidar com todos os problemas ambientais e sociais gerados pela predatória exploração mineral, ainda enfrentam a falta de oportunidades de empregos, o assédio e a violência dos trabalhadores no seu dia a dia. Não bastasse, as mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton, que atuam em nosso território, foram responsáveis pelos dois maiores crimes ambientais do Brasil, sendo o primeiro em Mariana em 2015, neste ano o segundo, em Brumadinho. Nós mulheres, mesmo sendo as mais vulneráveis aos conflitos socioambientais, estamos na linha de frente das trincheiras de luta contra estas empresas multinacionais, pela garantia dos direitos das comunidades atingidas, por um novo paradigma de bem viver e contra a criminalização de nosso direito de organização e luta.

É por isso que, em mais um ano, estaremos nas ruas nesse dia 8 de março em só grito:
UNIDADE DA CLASSE TRABALHADORA PELOS DIREITOS DAS MULHERES TRABALHADORAS!

Quem está organizando?
* Movimento de Mulheres Olga Benário;
* Coletivo M.U.N.A – Mulheres Unidas da ASAPOP;
* MML – Movimento Mulheres em Luta;
* UBM Ouro Preto;
* Levante Popular da Juventude;
* MAB – Movimento de Atingidos por Barragens;
* Sinasefe;
* Sindsfop;
* Adufop;
* SindUte;
* Projeto Âmbar;
* Rede Slow Food;
+ ouropretanas de luta.

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