ASSUFOP aguarda manifestação pública da UFOP contra acusações do ministro Weintraub

Sindicato pediu ao Conselho Universitário da UFOP que se manifeste em relação às acusações infundadas feitas pelo ministro, que afirma que há plantações e produção de drogas ilícitas nas universidades federais.

O Sindicato ASSUFOP solicitou ao Conselho Universitário da UFOP, por meio do Ofício nº 322/19, de 06 de dezembro de 2019,  que o mesmo se manifeste diante das acusações do ministro da educação, Abraham Weintraub, que afirma que há plantações e produção de drogas ilícitas nas universidades federaisA solicitação foi aprovada na última assembleia geral dos trabalhadores técnico-administrativos. A última reunião do CUNI, ocorrida no dia 13 de dezembro, tratou da solicitação do Sindicato e decidiu pela ratificação da posição da Andifes e pela preparação de um documento público repudiando a fala do ministro.

Universidades federais de todo o país estão pedindo explicações ao ministro após sua fala, como a URFJ e a UFBA. Diante da importância da UFOP no âmbito das instituições federais de ensino, faz-se fundamental que esta se manifeste contra as palavras estapafúrdias do ministro que, por sinal, vem prestando um completo desserviço ao ministério advogando contra as IFES e contra a educação pública, gratuita e de qualidade.

Entenda o caso

Em entrevista ao Jornal da Cidade, no dia 21 de novembro, o ministro da educação, Abraham Weintraub, acusou sem provas as universidades federais de cultivarem plantações de maconha além de produzirem drogas sintéticas em seus laboratórios.

“Você tem plantações de maconha, mas não são três pés de maconha, são plantações extensivas de algumas universidades, a ponto de ter borrifador de agrotóxico. Porque orgânico é bom contra a soja para não ter agroindústria no Brasil, mas na maconha deles eles querem toda tecnologia a disposição”, disse ao jornal.

Weintraub reafirmou as acusações durante sabatina na Comissão de Educação na Câmara dos Deputados no dia 11 de dezembro. O ministro foi convocado pela Comissão de Educação, por 22 votos a oito, para explicar as mesmas acusações. A Comissão de Legislação Participativa da Câmara aprovou na manhã desta terça-feira um documento de desagravo à UNB e com fortes críticas ao ministro Abraham Weintraub. Foram 17 votos a 12 em favor da nota.

Confira abaixo o ofício nº 322/19 de 06 de dezembro de 2019:

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