Greve Geral mobiliza Ouro Preto contra a reforma da previdência

Foi o terceiro ato unificado na cidade em menos de 31 dias. Multidão denunciou a política antipovo do governo Bolsonaro.

Trabalhadores e estudantes mobilizados protestam contra a retirada de direitos. (Foto: ASCOM ASSUFOP)

Ouro Preto, assim como outras cidades do Brasil, amanheceu com sua principal rodovia (BR-356) paralisada às 5h. Com palavras de ordens, faixas e panfletos, os manifestantes informaram os motoristas e trabalhadores no local sobre os itens criminosos da reforma da previdência – como ter de trabalhar muito mais para receber muito menos, além do impacto para economia da cidade com os cortes nos orçamentos da UFOP e do IFMG. Por volta das 6h, o tráfego ficou normalizado na BR. Veja o conteúdo do panfleto aqui

A Greve Geral em Ouro Preto iniciou-se com a BR-356 paralisada. (FOTO: ASCOM ADUFOP).

À tarde, por volta das 15h, técnico-administrativos da UFOP, com suas atividades paralisadas, se uniram aos 2 mil trabalhadores, estudantes e integrantes de movimentos populares e, após concentração na praça da Barra, saíram às ruas da cidade histórica para denunciar o desmonte absoluto de direitos alavancado pelo governo Bolsonaro. Veja abaixo o vídeo resumo da Greve Geral:

 

A diversidade das pessoas que integravam o ato era evidente. Crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, de ambos os gêneros, ergueram seus punhos pelo direito de uma educação pública de qualidade, gratuita, além do direito de descansarem na velhice.

Foi o terceiro ato unificado dos sindicatos, entidades estudantis e movimentos sociais da cidade. O primeiro ocorreu em 15 de maio, e depois no dia 30. Ambos contra os cortes na educação. Desta vez, na Greve Geral, o mote do ato foi a Reforma da Previdência. Segundo as Centrais Sindicais, ocorreram atos e paralisações em 380 cidades. Aproximadamente 45 milhões de pessoas participaram ou foram afetadas pela Greve Geral.

Relembre no vídeo acima como foram os atos pela educação no mês de maio.

Desta vez a passeata traçou um caminho diferente em relação às outras. Iniciou-se na Barra, passou pela Estação, seguiu em direção à reitoria da UFOP e à prefeitura de Ouro Preto, subiu a ladeira ao lado da Basílica do Pilar, caminhou pela rua São José até chegar na rua Direita com destino à Praça Tiradentes.


As entidades montaram um palco na Praça para as apresentações culturais que fecharam o grande ato da Greve Geral. Apresentaram-se as bandas ouropretanas Vilodum; Kossovo; Manguacêra e o DJ KLAZ. No intervalo das apresentações, representantes das entidades fizeram uso da fala para sublinhar o significado da Greve Geral aos presentes, bem como chamar a população que por ali passava para somar forças contra os retrocessos e o desemprego. “Não vale a pena abrir mão da previdência e da educação”; “trabalhador, preste atenção, Bolsonaro só governa pra patrão”; “Tira a mão da educação”, frases assim eram ecoadas pela multidão que se formou ao redor do palco.

O presidente do ASSUFOP, Sérgio Neves, sublinhou o papel fundamental das entidades em associar os anseios dos moradores periféricos de Ouro Preto às pautas da Greve Geral. Como, por exemplo, a defesa da UFOP e o IFMG como instituições capazes de diminuir as diferenças sociais por meio da educação gratuita de qualidade. Assista:

FASUBRA e cenário nacional

Além da educação, que teve forte adesão pois já se encontrava mobilizada, setores sensíveis como o de transporte público (ônibus e metrô) de diversas capitais aderiram ao movimento. Em todo país, demais áreas que participaram da greve geral foram: bancários, correios, petroleiros, trabalhadores da construção civil, das indústrias têxteis, química e de alimentação, estudantes e aposentados, entre outros. Em Brasília, autarquias, fundações e órgãos públicos também deixaram de funcionar. O dia foi marcado por protestos em rodovias, piquetes, manifestações nos centros das capitais, aulas públicas e assembleias.

Mobilização no Eixo Monumental em Brasília-DF. FOTO: FASUBRA

Na avaliação da Direção da FASUBRA Sindical, o único caminho para resistir e barrar a reforma da Previdência no Congresso Nacional, os ataques à educação pública e as privatizações, defendendo a soberania nacional, é a mobilização e união da classe trabalhadora. A FASUBRA atuou em conjunto com as entidades da educação, com o Fonasefe (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais), para a construção da greve geral e continuará em permanente mobilização contra os sucessivos ataques deste governo, seguindo o calendário de lutas das entidades e centrais sindicais.

Confira abaixo a galeria de fotos do ato em Ouro Preto

 

 

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