Representantes do ASSUFOP, ADUFOP e SINASEFE IFMG se reuniram na tarde desta segunda-feira (14) com a Coordenadora Comercial da UNIMED Inconfidentes, Patricia Teixeira, para discutir os termos da renovação do contrato do plano de saúde. Foi o primeiro encontro entre os sindicatos e a seguradora para negociar o reajuste dos valores da utilização do plano. Para início de conversa, a UNIMED Inconfidentes propôs um reajuste de 26,41% que será negociado com os representantes das entidades. Ou seja, caso a proposta da Unimed fosse aprovada pelas entidades os valores da utilização do plano passariam a custar R$273,65 (enfermaria) e R$378,27 (apartamento).
Entenda:
Novembro é a data base do contrato coletivo com a seguradora de saúde. A partir de 2012, o Índice de Reajuste Anual do contrato passou a constituir-se da soma do Índice IGP-M anualizado do período, acrescido do Índice de Reajuste Técnico (IRT) baseado na taxa de sinistralidade medida pela UNIMED.
Todos os anos, as negociações são feitas em reuniões entre a seguradora e representantes das três entidades sindicais. Nesta segunda-feira, a representante do plano de saúde apresentou um relatório no qual os parâmetros de sinistralidade de outubro de 2018 a setembro de 2019 ficaram em 92,28%, sendo que a taxa considerada ideal é de 75%. O convênio sugeriu também que as entidades esclareçam aos associados sobre o uso desnecessário do plano, o que aumenta ainda mais a taxa de sinistralidade.
Representantes dos sindicatos ASSUFOP, ADUFOP e SINASEFE IFMG consideram a proposta de reajuste muito além do razoável, pois as categorias acumulam perdas salariais e inflacionárias ao longo dos anos; o país encontra-se em grave período de retração econômica e o ressarcimento do governo não é reajustado.
As entidades vão se reunir nos próximos dias para oferecer à seguradora uma contraproposta.
A UNIMED Inconfidentes tem 18 mil convênios. Só o convênio entre os sindicatos corresponde a 4.451 mil conveniados. Confira abaixo o histórico de negociações que confirma o empenho das entidades em diminuir e/ou barrar o reajuste nas negociações:
2013 Sinistralidade: 91%, | IGPM: 4,39% (reajuste necessário segundo a UNIMED: 25,72%)
Reajuste Acordado: 15%
2014 Não houve sinistralidade superior a 75%,
Reajuste acordado: 4,28% (IGPM)
2015 – Sinistralidade: 87,98%, IGPM: 7,55% (reajuste necessário segundo a UNIMED 24,86%)
Reajuste Acordado: 17,31%
2016 – Sinistralidade: 107,89%, IGPM: 10,67% (reajuste necessário segundo a UNIMED 59,20%)
Reajuste Acordado: 20%
2017 – Sinistralidade: 61,68%, IGPM: – 1,46% ( A UNIMED propôs percentual de reajuste positivo para equilíbrio econômico)
Reajuste Acordado: 0%
2018 – Sinistralidade: 82,46%, IGPM: – 10,04% (reajuste necessário segundo a UNIMED 21,15%)
Reajuste Acordado: 15%
As entidades reforçam que estão atuando de forma a minimizar ou zerar os índices de reajustes anuais e o ASSUFOP está à disposição dos associados para outros esclarecimentos.
Absurdo, infelizmente se for aprovado esse aumento estou abrindo mão do plano, aumento para o títular, para os dependentes e a nossa renda cada vez mais defasada. Indignante essa situação.