
Na tarde desta quarta-feira (08), as direções do ASSUFOP e da ADUFOP entregaram um Ofício conjunto à Reitora da UFOP, Cláudia Marliére de Lima. O documento solicita à Administração Central da Instituição uma declaração de apoio à mobilização para que o Governo Federal negocie efetivamente a reposição salarial com os servidores do Poder Executivo, em especial com os trabalhadores da Instituições Federais de Ensino (IFES).
O ASSUFOP foi representado pelo presidente, Gabriel Souza, e pelo diretor Flávio Ferreira. Pela ADUFOP, participaram a presidenta, Joana Amaral, e o vice-presidente, Rodrigo Ribeiro.

Paralisação Nacional em Busca de Recomposição Salarial e Contra a Reforma Administrativa
Os técnico-administrativos da UFOP aderiram à Paralisação Nacional do Serviço Público Federal, nos dias 7 e 8 de novembro, com o objetivo de pressionar o Governo Executivo a avançar na negociação salarial da categoria. Esta mobilização visa também a luta pelo “Revogasso” (extinção das Medidas Provisórias, Portarias e Decretos que atacam os servidores e os serviços públicos) e contra a Reforma Administrativa (PEC 32), que tramita no Congresso, e representa uma ameaça aos direitos do funcionalismo, impactando negativamente a qualidade do serviço público oferecido à população brasileira.
Cabe destacar que a ADUFOP divulgou uma moção de apoio à paralisação de 48 horas dos técnico-administrativos da UFOP, fortalecendo o movimento em prol dos servidores públicos federais.
Reivindicações Expressas no Ofício Conjunto
O Ofício entregue à Reitoria expressa as principais reivindicações das entidades ASSUFOP e ADUFOP:
- Reajuste Salarial e Negociação Setorial: Desde janeiro de 2023, as entidades nacionais dos servidores públicos federais têm buscado a abertura de negociação com o Governo Federal para reivindicar o reajuste salarial. Em maio de 2023, o Governo concedeu um reajuste de 9%, porém as negociações não avançaram desde então.
- Campanha Salarial 2024: Em julho de 2023, o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais protocolou as reivindicações da Campanha Salarial 2024, que incluem a recomposição das perdas salariais desde julho de 2010, a equiparação dos benefícios entre os servidores do Poder Executivo e outros Poderes, a instalação das Mesas Setoriais/Específicas para debater a reestruturação das carreiras e a revogação de medidas prejudiciais aos servidores.
- Falta de Respostas Satisfatórias: Apesar da instalação da Mesa Nacional de Negociação Permanente em julho de 2023, o Governo Federal não tem respondido de forma satisfatória às demandas das categorias, incluindo os docentes e técnicos em educação das Instituições Federais de Ensino.
- Valor Insuficiente: O Governo Federal reservou apenas R$ 1,5 bilhão na Lei Orçamentária Anual para uma possível recomposição salarial em 2024, um valor considerado insuficiente para atender às demandas dos servidores.
- Perdas Salariais Expressivas: Os cálculos indicam perdas salariais significativas, com uma média de 53,05% para os técnicos-administrativos que fecharam acordo com apenas dois reajustes em 2015 e 39,82% para os docentes que fecharam acordo com quatro reajustes no mesmo ano.
- Mesas setoriais sem avanços: As mesas setoriais divididas por carreiras ainda não tiveram evoluções significativas, o que prejudica bastante a negociação com as categorias.
O Sindicato ASSUFOP segue empenhados na luta por melhores condições salariais e contra medidas prejudiciais ao funcionalismo público, em sintonia com o movimento nacional, promovendo a defesa do serviço público de qualidade oferecido à população brasileira.
